Atualmente a China é a terceira economia do mundo (a frente da alemã) e nos próximos cinco anos vai ultrapassar a japonesa. Nesse rítmo, em 50 anos a economia chinesa será maior que a americana. Além disso, hoje o exercito chinês já tem um poderio admirável, imagine em 50 anos... Diante dessa perspectiva, o status de única superpotência mundial dos EUA tem data de validade.
Obviamente, os Estados Unidos não vão ficar sentados no terraço esperando a China dominar o mundo, precavidos como só eles, os americanos já colocaram em prática seu plano de “contenção” chinesa. Para funcionar, uma economia precisa de alguns elementos, como capital, mercado consumidor e matéria prima. Isso a China tem de sobra. Mas ainda resta um último elemento: a energia. Por mais que a tecnologia tenha evoluído, ainda não inventaram a fábrica que funciona sem energia. É exatamente ai que está o plano dos EUA.
A questão menos importante é pacificar o Afeganistão e o Iraque. Se puderem se tornar sociedades estáveis, tanto melhor, mas não é isso que vai fazer falta. Pacificados ou em guerra civil, o que importa é que nem o Afeganistão e nem o Iraque serão países independentes para negociar gás ou petróleo com a China em um possível embargo.
Aí que vem a segunda parte do plano: a Rússia. Por ser uma grande extratora de gás e petróleo, a Rússia vem sendo gradativamente cercada pelos novos países da OTAN. Essa organização militar que tinha perdido sua importância no pós-Guerra Fria, vem retomando suas atividades. A mais evidente demonstração disso é o ingresso de novos países membros, como o caso da Geórgia (ou alguém acredita que aquela guerrinha tinha alguma coisa a ver com a tal Ossétia do Sul?). Nesse último mês, foi a França que retornou para o centro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (que tinha abandonado desde a época de Charles De Gaulle).
Com Bush ou com Obama, que ninguém se engane: os EUA não vão largar o osso assim tão fácil.
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De São Paulo-SP.
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