sexta-feira, 27 de março de 2009

Ô imprensa ruim!

Não é má vontade, mas a imprensa Brasileira é muito ruim mesmo! Nada contra os jornalistas, já que são o elo fraco da corrente. Os culpados pela péssima qualidade são os donos e editores dos principais órgãos de comunicação.

Nos países cuja imprensa é séria, os órgãos de comunicação não fingem ser neutros, afinal, até um sorriso carrega consigo um posicionamento. Em alguns casos, como na França, os jornais têm até a coragem de externar sua posição política-ideológica. No Brasil, além de fingirem ser independentes, quase todos os jornais, revistas, emissoras de rádio e TV seguem exatamente a mesma linha ideológica de Direita (uns mais conservadores, outros menos, mas todos neoliberais).

Com suas legítimas e não tão raras exceções, os colunistas e comentarias seguem o mesmo padrão:

Os comentaristas políticos sempre acusam o uso político da Polícia Federal quando algum banqueiro, empresário, político da oposição ou dona de butique é investigado ou vai preso.

Desde que a crise estourou, economistas do mundo inteiro fazem mea culpa por terem professado com tanta fidelidade a ideologia neoliberal (o ex-presidente do FED, Alan Greenspan, chegou a chorar em público). No Brasil, como os comentaristas de economia estão todos às ordens dos países centrais, insistem em professar a mesma ladainha neoliberal que quebrou os EUA.

Até a pauta da imprensa Brasileira é subdesenvolvida, baseada quase totalmente em releases elaborados por agências internacionais. O cúmulo foi na eleição municipal de 2008. A primeira notícia sobre o pleito só saiu após um mês de campanha e através de um comentário da Lúcia Hippólito sobre o fato absurdo (na opinião dela) de Jô Morais (PCdoB) liderar as pesquisas em Belo Horizonte. Sobre as eleições em São Paulo, a imprensa paulista só começou a divulgar a partir do início do Horário Eleitoral na televisão. Enquanto isso, em todos os dias o Jornal Nacional divulgava a agenda de John McCain e a de Barak Obama.

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De São Paulo-SP.

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