domingo, 30 de maio de 2010

Thiago Andrade eleito Presidente da UJS-SP

Terminou hoje o 14º Congresso Estadual da União da Juventude Socialista de São Paulo. O evento foi realizado entre os dias 29 e 30 de maio no Parque Lago Azul da cidade de Rio Claro e participaram mais de 600 jovens de todos os cantos do estado de São Paulo.

Algumas pessoas ilustres passaram por lá para prestigiar a UJS-SP: o vereador (e pagodeiro) Netinho de Paula, o ex-presidente da UNE Gustavo Peta, o atual presidente da UNE Augusto Chagas, o presidente da UJS Marcelo Gavião, o presidente da UBES Yan, o presidente da UEE-SP Carlos Eduardo, o presidente da UPES Tarcisio Boaventura, o rapper Aliado G, o Deputado Estadual Pedro Bigardi (PCdoB-SP), o vereador de Americana David Ramos, o prefeito de Rio Claro Du Altimari, sua vice-prefeita e dois vereadores do município.

Na plenária final foi eleita a nova Direção Estadual pelo período 2010-2012, que será presidida pelo santista (porém são-paulino) Thiago Andrade. Thiago já foi presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (2005-2007) e Secretário de Organização da UJS-SP durante o último período.

Um dos momentos mais emocionantes do Congresso foram as (várias) homenagens feitas para Renata Petta, a presidente que se despede do trabalho estadual. Renata agora se dedicará apenas às tarefas nacionais da UJS. Depois de tanta festa em torno da ex-presidente, Netinho de Paula arrancou risos quando declarou que o Congresso era “o dia de princesa da Renata”.

O Congresso da UJS-SP é uma etapa estadual para o Congresso Nacional da UJS, que será realizado entre os dias 17 a 20 de junho em Salvador-BA, onde são esperados 2000 delegados de todo Brasil. O evento contará com a presença do Presidente Lula e da pré-candidata Dilma Rousseff.

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De São Paulo-SP.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Kassab no C.A.

No Movimento Estudantil a Direita não assume que é de Direita. Na macro-política Brasileira também não!

No Movimento Estudantil, a Direita se apresenta com o discurso da eficiência: prometem uma gestão profissional dos Centros Acadêmicos e DCEs, anunciam festas em alto estilo, redecoração das sedes e outras perfumarias. Assim a Direita no Movimento Estudantil se contrapõe à Esquerda, que prefere dedicar-se às causas mais políticas e sociais, a verdadeira função de uma entidade representativa.

Na macro-política, a Direita também se apresenta com o discurso da eficiência, em contraposição à Esquerda que se utiliza do discurso social.

O suposto prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEMo) é notoriamente um direitista. Mas sua gestão na cidade é desastrosa e ineficiente. Então o que o prefeito faz? Promove eventos festivos (Virada Cultural, Fórmula Indy), realiza perfumarias (Projeto Cidade Limpa) e cria factóides (o fim do “Minhocão”). São todas boas medidas, mas nenhuma delas é solução para os problemas reais da cidade. Se fosse uma gestão de Centro Acadêmico, já seria ruim, mas o pior é saber que isso ocorre na maior cidade do Brasil e que suas falhas agridem a vida de milhões de pessoas.

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De São Paulo-SP.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dilma, Mandela, Gandhi e Martin Luther King

No programa eleitoral do PT, o Presidente Lula comparou a pré-candidata petista Dilma Rousseff ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, líder de resistência ao regime de Apartheid. Como sempre, os adversários de Lula ficaram indignados, azar deles. Obviamente, Dilma não tem a mesma importância histórica de Mandela, mas a trajetória tem sim algumas semelhanças.

A principal semelhança é a opção pela luta armada contra um regime de opressão. Isso mesmo, apesar de ter recebido o Prêmio Nobel da Paz, Nelson Mandela sempre apoiou o uso da violência como forma legítima de resistência. Existe, inclusive, uma famosa passagem em 1985, quando foi-lhe oferecida liberdade condicional (estava preso desde 1962) desde que deixasse de defender a luta armada. Mandela teria respondido aos propositores que a luta armada não é violência, mas de resistência legítima diante da opressão (esta sim violenta!): “A violência do governo só pode fazer uma coisa: gerar a contra-violência”.

Hoje em dia, diante da forte imagem internacional de Mandela, os conservadores tentam qualificar o líder sul-africano como um pacifista ao estilo Gandhi ou Martin Luther King, que promoveram resistência através da desobediência civil não violenta. São todas boas formas de luta, cada uma adequada à sua realidade concreta. O mais importante não é o método ou forma de luta, mas sim o lado escolhido. Mandela, Gandhi e Martin Luther King são reconhecidos por terem optado pelo lado dos oprimidos contra as injustiças.

Na Ditadura Militar do Brasil ocorreu o mesmo: parte dos resistentes ao regime autoritário optaram pela luta armada, outros pela luta institucional e alguns foram exilados. Todos estes lutaram do lado certo, independente de seus métodos. Dilma estava entre eles, com os mesmos métodos de Mandela.

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De Cotia-SP.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Defeitos na lei eleitoral

O Tribunal Superior Eleitoral multou o PT e sua pré-candidata presidencial, Dilma Rousseff, por propaganda eleitoral antecipada na propaganda partidária transmitida em rádio e TV em 2009. Dilma foi multada em R$ 5 mil e o PT em R$ 20 mil. Além disso, o PT não perde o direito de veicular sua propaganda em 2011 (seria 2010, porém a sanção foi emitida depois da veiculação do programa deste ano).

A lei que proíbe a propaganda de candidatos fora do período eleitoral é derivado de uma cultura anti-política existente no Brasil. É uma cultura muito ruim, pois esvazia o debate e restringe às eleições a discussão dos temais mais importantes para o futuro do País.

O pré-candidato tucano José Serra é candidato desde 2006, alguém tem dúvidas? Enquanto Dilma é candidata desde 2008. Oficialmente, eles assumiram suas pré-candidaturas apenas em fevereiro (Dilma) e abril (Serra). E se desincompatibilizaram no prazo exigido (quatro meses antes do pleito). Ou seja, são pré-candidatos em campanha por quatro meses antes de se tornarem candidatos de fato. O que o Brasil ganha com isso? Nada!

Eleição deveria ser muito mais do que um debate entre qual nome será eleito. O centro da disputa deveriam ser as propostas e os projetos. Para tal, não caberia limites e empecilhos ao debate. Nos Estados Unidos, os eleitores passaram pelo menos dois anos debatendo as propostas dos candidatos, desde o período de prévias, até a eleição propriamente dita. Quanto mais tempo para debater, mais certa a escolha! O fim das limitações à campanha deveria, obviamente, ser acompanhado com a total proibição de participação em inaugurações e eventos financiados com dinheiro público.

Atualmente, temos um sistema misto, em que os candidatos fingem não serem candidatos para a Justiça Eleitoral, mas estão autorizados a fazer propaganda disfarçada com dinheiro público: Serra gasta fortunas dos cofres paulistas para transmitir as “obras do metrô” no Brasil inteiro (aquelas obras que não foram inauguradas desde 2006..), enquanto Dilma freqüenta todos os palanques do PAC para fazer a mesma coisa. Melhor seria que ambos pudessem divulgar claramente suas propostas, mas sem uso do dinheiro público.

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De Cotia-SP.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Dunga no Banco Central

Os apóstolos do Neoliberalismo insistem em teses furadas. Uma das favoritas é a tal “autonomia do Banco Central”. Ou seja, querem proteger a política financeira das garras da Democracia... Como se um monte de burocratas tivesse mais condições do que o Povo Brasileiro para decidir o futuro do País.

Em vez de autonomia para o presidente do Banco Central, seria muito melhor que houvesse eleição direta para Técnico da Seleção Brasileira de Futebol. Quem sabe com um pouco de pressão popular as decisões da Seleção fossem um pouco mais razoáveis...

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De Cotia-SP.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Caso Lunus do Tuminha: alvo é o Tumão

A história é esquisita e nada pode ser afirmado categoricamente. O Secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., no mínimo foi imprevidente. Qualquer um pode ter uma amizade “complicada”, mas pessoas públicas têm que ser tratar essas coisas com mais cuidado. Não é muito razoável que o chefe do combate à pirataria seja amigão de um dos maiores piratas!

Tuminha se defende e diz que todas as denúncias que estão sendo divulgadas na imprensa já teriam sido investigadas pela Polícia Federal. Talvez tenham sido mesmo. Não deixa de ser estranho que notícias contra a família Tuma sejam tão orquestradamente divulgadas em pleno ano eleitoral. Ocorre que o Senador Romeu Tuma, o Tumão, está atrapalhando a disputa paulista pelo Senado. Existe uma chapa de esquerda em formação e uma chapa de direita já organizada. O PTB de Tuma concorreria em vôo solo, ou seja, atrapalha os planos da chapa da direita. Curiosamente, para “resolver” este problema, uma onda de denúncias envolve o filho do candidato desgarrado.

Alguém aí se lembra do caso Lunus? Em 2001 arapongas descobriram um escândalo envolvendo o marido da pré-candidata presidencial do PFL (atual DEMo), Roseana Sarney. A candidatura de Roseana atrapalhava os planos do pré-candidato tucano José Serra. Na época, ventilaram boatos de que a investigação contra Roseana teria sido financiada com verbas do Ministério da Saúde (dirigido por Serra).

Histórias curiosamente semelhantes com os mesmos atores...

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De São Paulo-SP.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Transporte urbano em São Paulo

Será o fim do Minhocão?

O novo factóide do suposto prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEMo), é a demolição do Minhocão (vulgarmente conhecido como Elevado Costa e Silva). O Minhocão é uma daquelas obras malucas do folclórico ex-prefeito Paulo Maluf (PP-SP), um homem acima de qualquer suspeita... Diziam na época que o Minhocão foi construído para ligar a casa do Maluf à sede da sua empresa Eucatex. Tudo intriga da oposição!

O Minhocão ajuda muito o trânsito dos que se deslocam entre o Centro da cidade e a Zona Oeste, mas destruiu o bairro cortado por ele. Além disso, deve ser a obra viária mais feia do mundo. São Paulo seria muito melhor sem o Minhocão, desde que o trânsito decorrente não parasse tudo.

Kassab diz que a demolição do Minhocão é um projeto de longo prazo. Primeiro ele quer tornar subterrâneas as Linha 7 e 8 da CPTM e depois construir uma nova avenida de 12 quilômetros no lugar. Além disso, pretende acabar com o Terminal Barra Funda, que passará a operar da Lapa. São todas boas idéias, mas puro factóide, já que essas obras não têm data nem dotação orçamentária para serem realizadas.

Enquanto projeto urbanístico as obras até tem seu valor, mas com relação ao transporte, a opção pelos veículos individual revela uma total falta de visão. Ou seja, em vez de derrubar o Minhocão e construir outra avenida, vale mais a pena e é mais barato colocar uns corredores de ônibus pela região.


Será que um dia vão inaugurar a Linha Amarela do Metrô?

Espertinhos criticam o fato de que a futura Estação Paulista do Metrô fica na Rua da Consolação e que a Estação Consolação fica na Avenida Paulista. Queriam o que? Inverter? Ocorre que a Linha Verde que acompanha a Av. Paulista tem várias estações, ou seja, cada uma tem um nome diferente baseado em algum ponto de referência. Não seria possível que todas chamassem Estação Paulista, oras!

Do mesmo modo, a futura Linha Amarela segue por grande parte da Rua da Consolação, ou seja, o nome das estações é baseado em seu ponto de referência, não em sua exata localização.

Em suma, a Estação Paulista fica na Rua da Consolação, mas próxima da av. Paulista. Enquanto a Estação Consolação fica na Av. Paulista, mas próxima da Rua da Consolação.

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De São Paulo-SP.

domingo, 9 de maio de 2010

Nenhum funcionário público?

Entrevista do pré-candidato tucano Geraldo Alckmin ao Governo de São Paulo concedida ao jornal Estadão, em 07 de maio de 2010:


PERGUNTA: O que considera ser seu maior diferencial em relação ao Mercadante?

Alckmin: Eu vejo a questão da experiência. Nós temos uma experiência bem-sucedida no Estado. Para dar um exemplo, foram 33 hospitais novos. Nenhum funcionário público. E aqui há uma diferença. O PT entende que tem que ser estatal. Nós entendemos que tem que ser público, agora, o gerenciamento você pode ter um parceiro do terceiro setor.

Como é que alguém faz um hospital sem médicos, enfermeiros, atendentes etc? Na lógica do PSDB de São Paulo, contratar funcionários é ruim, para eles o bom é contratar empresas que terceirizem a tarefa. Ocorre que empresas, diferente do Estado, têm o lucro como objetivo principal. Não há nada de errado que empresas busquem o lucro, afinal, ainda estamos no sistema Capitalista. O Estado, por sua vez, não visa o lucro, pois seu objetivo é garantir o Bem Comum da população.

Voltando ao Alckmin, percebemos uma equação um pouco estranha:

Na primeira alternativa, se essas empresas buscam lucro, a prestação do serviço deve ser mais caro e dispendiosos do que a prestação direta pelo Estado (que não visa o lucro). Ou seja, não é uma boa alternativa administrativa.

Na segunda alternativa, que é mais provável, as empresas terceirizadas garantem seu lucro através da precarização dos salários e condições de trabalho dos funcionários (pagando menos, podem manter o lucro sem aumentar os preços). Como todo mundo sabe, funcionários valorizados trabalham mais e funcionários precarizados trabalham mal, ou seja, não é uma boa opção adminsitrativa.

Em qualquer uma dessas alternativas, o objetivo fundamental e legitimador do Estado não está sendo cumprido. Talvez seja por isso que a Saúde do estado mais rico da federação esteja tão ruim!

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De Cotia-SP.

sábado, 8 de maio de 2010

A culpa é do voto distrital

O resultado da eleição britânica tem chamado atenção por nenhum partido ter alcançado a maioria absoluta no Parlamento para formar o Governo. Trata-se de um país parlamentarista, ou seja, o mandatário é escolhido indiretamente: o partido que tiver maioria (sozinho ou com coalizão) indica o Primeiro-Ministro. Para facilitar que haja essa maioria, o sistema eleitoral britânico adota regras que tendem para um “bipartidarismo”. Essas regras, para que não sabe, são o tal do voto distrital.

Em cada distrito, cada partido pode indicar apenas um candidato ao parlamento e ganha o que for mais votado, mesmo sem maioria absoluta. Isso gera uma terrível distorção, pois se um partido for o segundo em todos os distritos, terá uma grande quantidade de votos, mas nenhuma cadeira no Parlamento. Ou seja, a vontade popular não estará representada proporcionalmente na Câmara dos Comuns. No Reino Unido isso sempre acontece, pois o partido Liberal-Democrata fica sempre sub-representado (tem boas votações, mas ganha em poucos distritos).

Outro país que utiliza o voto distrital é o Chile. Lá também existe um “bipartidarismo forçado”, pois os partidos minoritários até conseguem alguma votação dispersa, mas não conseguem concentrá-la a ponto de vencer em um distrito. Resumindo, tem votos, mas não elegem.

Em breve procuraremos os dados e números que comprovam essa distorção tanto no Chile como no Reino Unido.

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De Cotia-SP.

sábado, 1 de maio de 2010

É tudo uma questão de ponto de vista.

O principal assunto debatido na sexta-feira (30/04/2010) foi a inclusão do Presidente Lula na lista dos 25 líderes mais influentes da revista Time. A lista não era alfabética e o nome do nosso presidente estava em primeiro, ao lado de um expressivo numeral “1”.

Os entusiastas de Lula comemoraram e logo alardearam que o Presidente era O líder mais influente do ano. Entre os entusiastas, citamos a Agência France Press (“Lula es la personalidad más influyente del mundo, según Time”), a Europa Press (“Lula da Silva, líder más influyente del año”) e Agência EFE e Jornal ABC (“Lula da Silva elegido la persona más influyente del mundo”).

O portal UOL (da Folha de S. Paulo), provavelmente a pedido do PSDB, entrou em contato com a revista Time e “descobriu” que o Presidente Lula não é O mais influente, mas apenas um dos 25 mais influentes... De fato, o Presidente deve ter ficado muito triste em ser apenas um dos 25 líderes mais influentes do mundo.

Ah, só para não esquecer: o ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná, Jaime Lerner (DEMo), aparece na categoria dos mais influentes pensadores por conta de suas idéias urbanísticas.

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De Cotia-SP.