sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Candidatos Republicanos - Eleições Presidenciais dos EUA 2012

Marcio TAQUARAL

Nos Estados Unidos existem dezenas de partidos políticos, mas por conta do voto distrital apenas dois conseguem eleger candidatos: o Partido Republicano (conservador e neoliberal) e o Partido Democrata (progressista e neoliberal). Bem de vez em quando algum candidato independente consegue se eleger para alguma coisa sem muita relevância.

Ao contrário do resto do mundo em que a política é polarizada entre a Esquerda e a Direita, nos Estados Unidos a disputa é centrada na moral e nos costumes. Claro que na hora de votar, o eleitor leva em consideração aspectos mais racionais, como economia, serviços públicos, política externa etc, mas a divisão partidária é feita por questões basicamente morais.

Cerca de 30% dos americanos são conservadores desde berço, ou seja, votam nos Republicanos (ou melhor, não votam nos Democratas). Ao mesmo tempo, 30% são liberais (progressistas) desde criancinha e apoiam os Democratas (ou melhor, repudiam os Republicanos). Os outros 40% da população está no meio termo e é quem decide a eleição.

A aparentemente tão dividida política americana tem um consenso exatamente no aspecto que polariza as demais nações: a economia. Nos EUA, tanto os Republicanos como os Democratas são todos neoliberais e ponto. Neste aspecto não divergem uma vírgula!

Resumindo, a política americana é uma eterna disputa entre duas direitas. É como se fosse uma eleição entre o DEMo e o PSDB. Para ser justo, os Republicanos seriam uma fusão do DEMo com o PSD e com o apoio de todos os malucos de extrema direita (Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, Olavo de Carvalho e cia) enquanto os Democratas seriam o setor mais progressista do PSDB (e a ala mais à esquerda seria o PT). Triste fim para a nação que praticamente inventou a democracia moderna.

Ainda que tenha suas esquisitices, a democracia americana tem peculiaridades muito positivas. Uma delas é a realização de prévias. Antes de o povo eleger o Presidente, os eleitores (e simpatizantes) dos partidos Republicano e Democrata escolhem seus candidatos. É literalmente uma pré-campanha, com direito à debate, propaganda, corpo-a-corpo, exatamente como numa eleição de verdade.

Na eleição de 2012 o Partido Democrata já tem seu candidato: tentará a reeleição do Presidente Barack Obama. Já os Republicanos, têm atualmente pelo menos 7 candidatos disputando.

As prévias do Partido Republicano são um verdadeiro show de horrores! É um candidato mais patético que o outro! Vamos a eles (na ordem das intenções de voto da pesquisa Reuters/Ipsos):
  • Newt Gingrich - 28%
  • Mitt Romney - 18%
  • Ron Paul - 12%
  • Rick Perry - 12%
  • Michele Bachmann - 10%
  • John Huntsman - 5%
  • Rick Santorum - 4%
Newt Gingrich foi deputado federal e Presidente da Câmara de 1995 a 1999. Durante esse período perseguiu o Presidente Clinton durante o escândalo Monica Lewinski, mas ele mesmo traia a esposa com uma assessora. Depois de sair do Congresso, Gingrich ficou milionário fazendo consultorias (deixaria Antonio Palocci com inveja).


Mitt Romney é o menos maluco dos candidatos. Foi governador de Massachusetts entre 2003 e 2007. Sua principal dificuldade entre os Republicanos é o fato de não ser muito conservador.


Ron Paul (“Dr. No”) foi considerado o deputado federal mais conservador desde 1937. Sempre vota contra aumento de impostos e gastos públicos apoia a Escola Austríaca de economia (um monte de teses furadas). Por outro lado, defende uma política externa não intervencionista dos EUA e foi contra o Patriot Act.


Rick Perry é o atual governador do Texas. Dizem que é muito parecido com o ex-presidente George W. Bush, só que mais burro.


Michele Bachmann é deputada federal e é a candidata do Tea Party, aqueles extremistas que até outro dia diziam que o Obama não tinha nascido nos Estados Unidos.


John Huntsman é embaixador na China e foi governador de Utah. Está mais para um tecnocrata do que um conservador ideológico.


Rick Santorum é senador e se considera um “social-conservador”, ou seja, um conservador que acha que o Estado deve se meter nas questões morais.

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De São Paulo-SP.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O fim do Euro? Pobre Alemanha...

Por Marcio TAQUARAL

Muita gente inteligente saudou a crise de 2008 como a pá de cal que faltava para enterrar o Neoliberalismo. Afinal, foi a falta de regulamentação que derrubou a economia mundial naquela data. Uma crise semelhante, em 1929, decretou o fim do liberalismo econômico clássico (laissez faire, laissez aller, laissez passer) e com isso ganharam forças as teses que apoiavam o papel intervencionista e regulador do Estado.

Ocorre que as ideologias não são derrotadas apenas com argumentos racionais, pois, se assim fosse, o liberalismo nunca teria ressurgido nos anos 70 (com uma roupagem supostamente moderna e um prefixo “neo”). O mesmo acontece com a crise de 2008 em sua segunda etapa (que vai se constituindo em uma crise em W): na hora mais aguda da crise, quando os bancos ameaçavam ir à bancarrota, todos os economistas esqueceram o credo na mão invisível do mercado e clamaram pela ajuda do Estado, mas, assim que a crise arrefeceu, imediatamente voltaram suas baterias em defesa das teses velhacas de sempre (gasto público elevado, Estado ineficiente, superávit primário, ajuste fiscal, corte de direitos trabalhistas e benefícios sociais).


(Em parte, a culpa pela retomada de força do credo neoliberal em menos de três anos de crise é dos setores progressistas. Ao mesmo tempo em que soltavam fogos de artifício e retrucavam “eu não disse, eu não disse”, os partidos de Esquerda não apresentaram qualquer alternativa à crise. Os partidos de Esquerda, quando assumiram os governos de países em crise, mantiveram as políticas neoliberais, apenas adicionando algumas tímidas medidas desenvolvimentistas. Ora, em política pouco adianta identificar o problema sem apontar a solução. O resultado disso é que assim que a crise diminuiu, os conservadores retomaram suas posições, afinal, os partidos de Esquerda pouco fizeram para desmontar as políticas neoliberais.)

A postura de defender teses neoliberais para um problema causado pelo neoliberalismo ficou particularmente evidente na atuação do governo da Alemanha durante a crise da Grécia. O problema da Grécia não é o Estado, mas a total paralisia de sua economia e a única solução para isso é a injeção de mais dinheiro no mercado. Ocorre que cortar aposentadorias, diminuir os gastos públicos e realizar ajustes fiscais vai diminuir a quantidade de dinheiro na economia e aumentar a quantidade de dinheiro investido nos bancos. Ora, trata-se da opção mais equivocada que um governo poderia fazer em um momento como este.

Ocorre que o governo da Alemanha, liderado pela chanceler Ângela Merkel, nunca esteve preocupado com a economia grega (ou italiana, ou portuguesa, ou norte-irlandesa etc), mas sim com os bancos alemães, que são credores dos gregos... Traduzindo, as medidas que a Alemanha queria impor à Grécia prejudicariam a economia grega diretamente, mas o governo alemão preferiram defender os bancos a apoiar um país aliado.

Ao condicionar a ajuda aos gregos à imposição de medidas econômicas equivocadas, Ângela Merkel deixou a crise se aprofundar, prejudicando a Itália, a França e... a Alemanha. O resultado desse erro foi a desestabilização do Euro. Se não houver ajuda à Grécia, a moeda única europeia entrará em crise de credibilidade da qual só haverá duas alternativas: ou saem os países cujas economias estão enfraquecidas (como o sul da Europa) ou saem os países cujas economias não estão tão mal (como o norte da Europa). Resumindo, se não houver acordo, o Euro vai simplesmente acabar (mesmo que continue, nunca terá a mesma importância).

O problema é que a economia alemã é dependente do Euro. Os Estados Unidos e a China tem mercados consumidores internos que são suficientes para aquecer suas economias, ou seja, mesmo numa crise, eles têm condições de manter seu parque industrial competitivo para retomar espaço no mercado mundial nos tempos de crescimento. A Alemanha não: o que mantém o aquecimento da economia alemã é o mercado europeu. Com o fim do Euro, os produtos alemães perderão os benefícios alfandegários que detém, deixando de ter prioridade nos mercados dos demais países da Europa (afinal, por que manter benefícios aos alemães se o Euro acabou?).

Com o fim do Euro e sem o mercado europeu, a Alemanha não terá como manter sua economia aquecida durante a crise, ou seja, não estará competitiva quanto a China e os EUA quando as coisas se acalmarem.

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De São Paulo-SP.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Todo Poder aos Municípios

Por Mario TAQUARAL


 O debate do Federalismo é um dos mais antigos da política Brasileira. Ao contrário dos Estados Unidos que se formaram a partir da união de estados independentes, o Brasil sempre foi unitário. Os estados Brasileiros são uma evolução administrativa das antigas províncias, que conquistaram algum grau de autonomia com a Proclamação da República, mas nunca foram independentes do Brasil.

A discussão do federalismo a princípio foi uma maneira de democratizar o poder central, seja durante a monarquia, seja durante as ditaduras. Nos momentos de autoritarismo, a União centralizou o poder e, nos momentos de Democracia, a União dividiu o poder com os estados.

Ocorre que a divisão do Brasil em estados é artificial. O Povo Brasileiro é um só, independente do local de nascimento. Ainda que existam diferenças regionais, elas não são delimitadas pelos estados: assim como algumas manifestações culturais ultrapassam fronteiras e são comuns a vários estados, há estados que comportam dentro de si várias formações culturais absolutamente distintas. Em suma, a divisão em estados é meramente administrativa.

A Constituição de 1988 criou novos estados, como Tocantins (desmembrado de Goiás), Roraima e Amapá (anteriormente territórios), foi concedida autonomia ao Distrito Federal e alargadas as competências dos estados.

Recentemente, o Estado do Pará passa por um plebiscito para aprovar ou não sua divisão em outros estados, quais sejam, Carajás e Tapajós. Trata-se de uma divisão falsa, sem raízes culturais que justifiquem (assim como em todos os demais estados) e que não resolverá os problemas dessas regiões. Considerando que o orçamento do Brasil não vai aumentar por causa disso, a única coisa que vai acontecer é uma redivisão das verbas. Por isso somos contra a divisão.

O único argumento de relevância em defesa da divisão do Pará é a aproximação dos novos governos dos estados para com as suas regiões ("o que é menor é mais fácil de administrar"). Os defensores de Carajás e Tapajós alegam que estão esquecidos, pois o Governo do Pará fica em Belém e ignora as demais regiões do Estado. Entendemos que a crítica é justa, mas a solução não é a mais adequada. Melhor seria (não apenas para o Pará) se o poder dos municípios fosse reforçado (continuando um processo que também remonta a Constituição de 1988).

Ao contrário dos estados (que são artificiais), os municípios são locais que têm verdadeira identidade com seus habitantes. Ressaltando que os habitantes de um município são seus moradores que, independente do local de nascimento, decidiram ali viver e construir suas vidas. Os municípios são a estrutura político-administrativa que realmente têm proximidade com os problemas locais, não os estados.

Se o debate do Federalismo foi importante para democratizar o poder, tal movimento deve ter continuidade, não mais se restringindo aos estados, mas também ampliando a seara de competências dos municípios que, segundo a Constituição (art. 1º e art. 18), também são integrantes da República Federativa do Brasil.

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De São Paulo-SP.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Memória Curta


Por Marcio TAQUARAL

O velho barbudo (o tal do Karl Marx) evidenciou o caráter cíclico das crises econômicas do Capitalismo. Os velhos economistas não conseguiram contestar Marx, então optaram por abandonar a Economia Clássica e inventar novas modalidades de tratar do tema. O problema é que, mesmo ignorando o problema, ele continua existindo.


Eis que em 1929, a superprodução de bens não encontrou consumidores (os trabalhadores daquela montanha de bens recebia salários de fome e não podia comprar) e a Bolsa de Nova York quebrou. Eram tempos de liberalismo (“laissez faire, laissez aller, laissez passer”) e o Estado ficou um pouco constrangido a intervir na confusão criada pela “mão livre do mercado”... Mesmo assim, timidamente ajudou. Uma série de programas sociais (parecidos com o Bolsa Família) alavancaram a economia norte-americana. É o chamado socialismo das perdas: quando o capitalismo vai bem, ninguém divide o lucro, mas quando vai mal, o prejuízo fica com o Estado (ou seja, o prejuízo é suportado igualmente por toda a sociedade).


Ocorre que a voracidade dos capitalistas é maior que sua memória: assim que se sentiram seguros, voltaram a bradar contra o “intervencionismo” estatal. Em 1933, o Governo Roosevelt suspendeu as medidas econômicas e os Estados Unidos entraram de novo em crise (por isso se chama crise em W, porque tem dois vales).


Em 2008 a história se repetiu. A falta de regulação do mercado financeiro abriu um desfiladeiro entre os produtos ofertados e a capacidade de pagamento. Novamente o estopim foi nos Estados Unidos (sempre onde o capitalismo está mais avançado) e se espalhou pelo mundo.


Aparentemente, as potências tinham aprendido a lição e rapidamente os governos buscaram salvar suas economias com ajuda do Estado (a “socialização das perdas”). Nos Estados Unidos, o governo Democrata (neoliberais progressistas) luta contra a oposição Republicana (neoliberais conservadores) para manter a atuação do Estado. Em agosto, por pouco o Congresso não vetou o aumento da dívida pública, o que acabaria com todas as medidas intervencionistas, resultando em uma crise parecida com a de 1933 (que na verdade, é a continuação da crise de 29).


Na Europa, a memória continua curta. Nem bem os bancos se salvaram (a “estatização” das dívidas) e os neoliberais já voltaram a bradar contra o Estado. Pede-se ajuste fiscal na Grécia com tanta veemência que alguns até esquecem que a crise foi causada pelo sistema financeiro e foi estancada pela atuação estatal, ou seja, quanto menos Estado, mais chance de um novo ciclo de crise (que já é sentido no mundo inteiro).


Para concluir, voltamos ao velho Marx que, parafraseando Hegel, lembra que a História sempre se repete, primeiro como tragédia, depois como farsa. E lá vamos nós para a crise em W!


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De São Paulo-SP.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Seminário - “O legado de megaeventos esportivos para a juventude brasileira: perspectivas em debate”


O Seminário interdisciplinar objetiva debater e propor ações relacionadas aos legados sociais que os megaeventos esportivos – Copa do Mundo 2014 e Rio 2016 – deixarão e quais podem ser seus impactos positivos e negativos para os jovens entre 15 e 29 anos.

O país vive um momento especial de um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social. É preciso gerar oportunidades para que os 50 milhões de jovens de 15 a 29 anos possam aumentar o capital cultural e ajudar o desafio do desenvolvimento sustentado. O acesso ao conhecimento e à educação são estratégias para preparar os jovens para o mundo do trabalho, garantindo a inserção e a transição escolauniversidade-mundo do trabalho, bem como a inserção dos jovens nas novas áreas de conhecimento e da produção que podem surgir em função da preparação do País para receber os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo. Este desenvolvimento apresenta-se também como um estímulo a oportunidades para que os jovens possam ingressar nas práticas esportivas em suas amplas dimensões, como o esporte educacional, de lazer e de alto rendimento.

Não só as cidades que sediarão os eventos têm passado por transformações e adaptações. Dezenas de outras cidades têm sentido tais reflexos. Cidades que abrigam aeroportos, centros de treinamento, estádios de futebol, bons hotéis e boas estradas também têm figurado entre as cidades que estão passando por mudanças.

O Cemj – Centro de Estudos e Memória da Juventude – e seus parceiros têm estimulado o debate sobre este tema para discutir quais novas possibilidades e oportunidades os megaeventos podem abrir para a juventude brasileira.

Dia 20 e 21/11 no Museu do Futebol 
Auditório Armando Nogueira - Museu do Futebol - Praça Charles Miller, s/n° - Pacaembu
Programação:

Dia 21-Segunda
19h00 Conferência de abertura
Dia 22-Terça
09h30 A transformação das cidades
11h30 A educação para a juventude
14h00 Inserção social, treinamento
e emprego.
16h30 O Legado para o esporte

Clique aqui e Veja a Programação detalhada




Contatos: CEMJ - Centro de Estudos e Memória da Juventude
Rua Treze de Maio, nº 1016. Cj.02.
Cep:01327-000, Bela Vista, São Paulo, SP
Fone:             11 3171-1422      
Coordenação do Projeto:
Alexandre Machado Rosa
            11 86572544      

Promoção: CEMJ - Centro de Estudos e Memória da Juventude – www.cemj.org.br
Apoio: Ministério do Esporte, Câmara Municipal de São Paulo.

sábado, 19 de novembro de 2011

Legado que a COPA e as Olimpíadas deixarão para a juventude é tema de seminário


Nos dias 21 e 22 de novembro acontece no museu do futebol a partir das 19h o seminário “o legado de megaeventos esportivos para a juventude brasileira: perspectivas em debate” que visa debater a transformação das cidades e o papel da juventude nesse contexto, os megaeventos e a herança de educação para a juventude, além de inserção social, treinamento e emprego para os jovens brasileiros.
O seminário realizado pelo CEMJ (Centro de Estudos e Memória da Juventude) é decorrente de três edições de fóruns que debateram o legado deixado pela Copa e como a juventude deve se preparar para a realização desses megaeventos esportivos que serão realizados no Brasil em 2014 e 2016. Segundo o presidente do CEMJ, Euzébio Jorge Silveira, “essa é uma questão fundamental, pois não podemos encarar esses eventos apenas como um período de diversão, mas também de apropriação de uma herança que deixarão para juventude, afinal, a base dessa estrutura vem de uma relação construída com políticas públicas baseadas no desenvolvimento do país”. 

No primeiro dia será realizada a conferência de abertura com presença de um técnico do ministério do esporte. Os debates ocorrem no segundo dia a partir das 9h, a primeira mesa propõe o tema “transformação das cidades e a juventude” que objetiva analisar os impactos que as cidades estarão sujeitas por conta da Copa de 2014 e as olimpíadas em 2016, a proposta se baseia em como a juventude pode apropriar-se desse processo de intervenções.  


Serão mais três mesas discutindo a ampliação do acesso de jovens de 15 a 24 anos à educação diante da estrutura proporcionada pelos megaeventos, a criação de empregos e as expectativas no âmbito social com a realização da COPA e das Olimpíadas e o desenvolvimento do esporte como instrumento socioeducacional. 

O Seminário é aberto a todos os interessados em participar e é uma grande oportunidade para compreensão e debate sobre o tema que vem ocupando a atenção do poder público em todas as esferas – federal, estadual e municipal.


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Que seja contra a corrupção, mas não contra a Democracia


Marcio TAQUARAL

A princípio, qualquer movimento contra a corrupção é louvável. Sendo a corrupção um mal da sociedade, seu combate é um bem. Mas quem promove o movimento e por que?

Trata-se de um movimento apartidário e que hostiliza os partidos políticos, pois os associa com a corrupção (não sem alguma razão), ou seja, é um movimento anti-partidário. Ocorre que os partidos políticos são essenciais ao regime democrático. Sem partidos, existem apenas duas formas de governar, através da Democracia direta ou através da tecnocracia (que é um regime autoritário).

Até o momento, o tal “movimento contra a corrupção” não esboçou qualquer proposta no sentido de Democracia direta, apesar de ter vociferado bastante contra os partidos políticos. Além disso, seu discurso lembra muito o finado movimento “Cansei” e as “marchas com deus pela família” em 64...

A bandeira de combate à corrupção é válida, mas é melhor uma democracia corrupta do que uma tecnocracia honesta (até porque as ditaduras são os regimes mais corruptos de todos).

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De São Paulo-SP.

sábado, 5 de novembro de 2011

Considerações sobre a Ocupação da Reitoria da USP:


Por Marcio TAQUARAL

1 – Universidade não é local para o consumo de drogas. Essa liberdade individual deveria ser exercida na própria casa do usuário, em frente ao pai e a mãe dele.

2 – Prender os consumidores de maconha é a maneira mais burra que existe para tratar o problema das drogas.

3 – O consumo de drogas não é a causa da violência na USP, ou seja, a Polícia Militar está perdendo seu tempo prendendo estudantes em vez de fazer rondas ostensivas e coibir crimes mais graves.

4 – A USP é um lugar violento, pois faz parte de uma cidade violenta. Precisa de policiamento, mas seria melhor se tivesse uma Guarda Universitária com efetivo real e treinamento especializado.

5 – O Movimento Estudantil está correto quando questiona o convênio da USP com a PM. A Polícia Militar não tem preparo para coibir crimes, apenas para reagir a eles. O ideal mesmo era a extinção da PM.

6 – Ao prender três “perigosos” estudantes que fumavam maconha, a PM mostrou a que veio. Escancarou que sua presença não tem nada a ver com a proteção dos estudantes, mas que é um instrumento de repressão das liberdades universitárias.

7 – Ao ocupar o prédio da administração da FFLCH, meia dúzia de malucos conseguiu reverter a opinião pública. Se antes todo mundo estava a favor dos estudantes contra a PM, depois da ocupação a maioria da população paulistana ficou a favor da presença da PM. (muito provavelmente a ocupação do prédio não tem relação de causa e consequência com a atuação da PM, foi apenas uma desculpa.)

8 – Em geral, a Assembleia é um instrumento de manipulação do Movimento Estudantil. Os organizadores mudam a pauta a seu bel prazer (e depois invertem tudo novamente), dão a palavra apenas a seus amigos e seguram a votação até o horário em que nenhum estudante real esteja mais presente. Resultado: apenas os militantes votam, em decisões que, em grande parte, não reflete a opinião do conjunto discente.

9 – Se, diante de toda a manipulação, a Assembleia votou pela desocupação do prédio da administração da FFLCH, provavelmente essa opinião era desproporcionalmente majoritária. Ao ignorar tal decisão e ocupar a Reitoria da USP, os pequenos grupos supostamente de Esquerda estão tirando suas máscaras democráticas e assumindo que não dão à mínima para a opinião da maioria. Ligam apenas para a própria.

10 – Pelos erros de alguns idiotas malucos, que querem apenas brincar de Revolução, o Reitor da USP, João Grandino Rodas (um notório fascista), conseguiu mais apoio do que nunca e vai conseguir manter o convênio com a PM.

CONCLUSÃO: quem perde nessa história são o Movimento Estudantil e a USP. A ação inconsequente de alguns playboys radicalizados coloca em cheque toda a atuação de um movimento muito mais amplo. História parecida foi vista na Itália e na Alemanha dos anos 70, quando as Brigadas Vermelhas e o Baader Meinholf bloquearam o avanço eleitoral da Esquerda e deram legitimidade para o recrudescimento da Direita.

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De São Paulo-SP.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O Custo da Universalização

Por Marcio TAQUARAL



“Um país não pode ser levado a sério se não tiver ao menos sua própria cerveja e uma companhia aérea; ajuda se tiver um bom time de futebol e algumas armas nucleares, mas o mais importante é ter a própria cerveja” - Frank Zappa

Discordamos respeitosamente do roqueiro Frank Zappa. Em nossa opinião, só pode ser considerado sério um País que ofereça Saúde e Educação universal para sua população. Ou que pelo menos tente.

E esse é o caso do Brasil. Por pior que seja a qualidade, o nosso País busca oferecer Saúde e Educação para todos os seus cidadãos. Se um dia os dirigentes políticos tiverem vergonha na cara, vão cumprir a Constituição e fazer os investimentos necessários.

Não há campanha eleitoral em que os principais candidatos competitivos (e 100% dos candidatos eleitos) digam que a Educação e a Saúde serão as prioridades. Só falta cumprir...

Sempre se diz que no passado a Educação era boa (quem não tem um parente que estufa o peito para dizer que estudou em escola pública?). Ocorre que essa excelente Educação era direito de poucos, pois as vagas eram restritas (mais ou menos o que ocorre com as universidades públicas). Eis que veio a universalização, com a ampliação do acesso ao sistema educacional. Mas como ele também surgem problemas, afinal, alunos que antes estariam fora do sistema por deficiências de aprendizado, hoje querem continuar estudando. Estudantes mal-alimentados, sem livros em casa e, às vezes sem casa, ingressaram na escola. O tratamento a eles deve ser diferente (não no sentido discriminatório, mas para incluí-los). Diante de tantas situações novas, o sistema educacional precisa se adaptar, e para isso é necessário investimento financeiro, pedagógico e pessoal.

Na Saúde, desde 1988, o Brasil tem um sistema universal, o mal-afamado SUS (Sistema Único de Saúde). Trata-se de uma má-fama injusta. Antes do SUS, cada categoria profissional urbana tinha seu próprio sistema de saúde. Se o sistema da sua categoria fosse bom, sorte sua. Se fosse ruim, azar o seu. O sistema não era universal, ou seja, você não teria direito a ser atendido em outros estados. Além disso, esses sistemas só valiam para os trabalhadores urbanos, o que deixava a maior parte da população Brasileira sem acesso á saúde. Detalhe, estamos falando da saúde pública!

Com o advento do SUS, a saúde passou a ser realmente um direito de todos. E um dever de todos os entes federativos. Talvez seja esse o problema, quando muita gente é responsável, ninguém é responsável de fato. Assim, fica um jogo de empurra-empurra entre as prefeituras, estados e União para ver de quem é a culpa pela situação da Saúde.

Por ter se tornado universal, o SUS precisa de vultosos investimentos e, enquanto isso não acontecer, haverá filas. O fato do SUS ser universal saturou totalmente os hospitais e postos de saúde. Então é preciso fazer mais investimento. Simples assim.

Diga-se de passagem, essa é a única crítica que pode ser feita ao atendimento do SUS: filas. Ao contrário do que se propala pelas redes sociais por ai, o SUS oferece um excelente atendimento. Inclusive, os tratamentos mais elaborados, como câncer e transplantes, costumam ser feitos pelo SUS, já que muitos planos de saúde não cobrem ou impõe restrições.

Enfim, tanto na Educação, quanto na Saúde, o Brasil passou a ter sistemas universais. E somente o que é universal é realmente público. A universalidade traz alguns problemas iniciais, o que é natural, afinal, cuidar de poucos sempre e mais fácil do que cuidar de TODOS. Mas o País serve exatamente para cuidar do bem comum de TODOS. Ou seja, estamos no rumo certo, mas precisamos intensificar o ritmo.

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De São Paulo-SP.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O Erro de Dilma


Por Marcio TAQUARAL

A demissão de Antonio Palocci como Ministro Chefe da Casa Civil foi o maior primeiro da Presidente Dilma Rousseff. Pode-se dizer muita coisa de Palocci, mas as acusações que o derrubaram nunca tiveram qualquer embasamento. O ex-ministro ficou rico fora do Governo, o que, até segunda ordem, é totalmente legitimo e legal. Se isso é errado, então nenhum rico jamais poderá assumir cargos públicos no Brasil. Topam?

Uma lição poderia surgir do caso Palocci: vedação total das atividades privadas dos servidores públicos e detentores de cargos eletivos. É quase uma ingenuidade achar que o ocupante de uma posição na administração pública não seria beneficiado em seus negócios privados. Por mais honesto que seja, sempre haverá interessados em puxar o saco. Para evitar isso, a solução é simples: ao ser investido em algum cargo, o cidadão deve cessar suas atividades privadas, vendendo suas ações, fazendas e demais negócios. Servidores públicos e detentores de cargos eletivos poderão receber serão os seus vencimentos. A lição do caso Palocci nunca será aceita, afinal, a maioria dos políticos Brasileiros é feita de empresários, fazendeiros e outros “donos dos meios de produção”...

Além de desperdiçar a lição, Dilma cometeu um erro fatal ao demitir seu ministro favorito sem que existisse qualquer crime contra ele. A partir daí, iniciou-se a temporada de caça às bruxas. Na seqüência vieram o Ministro dos Transportes Alfredo Nascimento (PR), o Ministro da Agricultura Wagner Rossi (PMDB) e o Ministro do Turismo Pedro Novais (PMDB). Em todos estes casos, havia evidências sérias de corrupção, o que justificou a criação da expressão “faxina”. Além disso, caiu o Ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), por insubordinação. De Jobim não houve acusação de corrupção, mas segundo documentos do Wikileaks, ele era um representante dos interesses norte-americanos no Brasil (o que, de certa forme, é uma modalidade de corrupção).

Ao demitir Palocci, Dilma abriu a porteira. Eis que chegou a vez do Ministro dos Esportes Orlando Silva, acusado sem provas por um PM milionário confesso fraudador dos convênios do Segundo Tempo. O fato do Ministério dos Esportes tem exigido a devolução do dinheiro, ter denunciado o PM (antes das falsas acusações) nunca foram levados em conta durante a campanha de fritura de Orlando. As tais provas, documentos e fitas de áudio nunca apareceram, mas o ônus da prova foi invertido e o Ministro dos Esportes perdeu a presunção de inocência.

Vale lembrar que Orlando Silva foi um dos organizadores dos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, um evento de 3,7 bilhões. Não foi acusado de desviar um centavo que seja.

Nenhuma das acusações contra Orlando se sustentou, mas a Presidente Dilma não resistiu à pressão midiática e se rendeu. Pagará o preço por isso durante todo seu mandato, tendo que demitir um ministro por mês, afinal, se Orlando Silva caiu sem qualquer evidência, o que poderá segurar os demais?

O primeiro erro de Dilma foi a demissão de Antonio Palocci, mas seu maior erro é a demissão de Orlando Silva.

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De São Paulo-SP.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Voto Individualizado é um Problema Coletivo

Por Marcio TAQUARAL

Quando vota, você escolhe um parlamentar que trabalhe em beneficio da sociedade em geral? Ou em um político que lhe beneficie diretamente?

Independente da sua resposta (e da sinceridade dela), saiba que o sistema eleitoral Brasileiro privilegia os candidatos que trabalham em beneficio direto de seu pequeno grupo de eleitores, em detrimento dos que trabalham pelo beneficio da sociedade em geral.

Ocorre que no sistema Brasileiro, os políticos são eleitos nominalmente. O eleitor vota em uma pessoa e só se lembra de quem votou quando essa pessoa é eleita e faz alguma coisa muito boa ou muito ruim. Acontece que ficar famoso por uma coisa boa não é uma tarefa fácil, uma vez que as coisas no Congresso dependem da aprovação da maioria dos parlamentares. Ou seja, o mérito pelas boas causas coletivas acaba diluído entre os vários deputados e senadores (que são sempre “vários”, uma vez que somente são aprovados os projetos que tiverem maioria de votos...).

Por outro lado, é mais fácil um político receber os méritos quando trabalha em beneficio de seu curral eleitoral. Mesmo que o referido projeto tenha o voto dos “vários” parlamentares, somente aquele político estará ali no dia-a-dia para reivindicar os “benefícios”. Para conseguir apoio ao beneficio em seu curral eleitoral, o parlamentar tem que trocar esse apoio por projetos de seus colegas (mesmo que não concorde com eles). Assim surge o tomá-lá-dá-cá, em que todo mundo vota e ninguém sabe no que.

Em suma, quem faz a política da paróquia e de trocar favores tem mais chance de se reeleger. E, como se sabe, os únicos políticos que não querem se reeleger são os que querem se eleger pela primeira vez (e a partir daí vão querer se reeleger).

Esse não é o único problema do sistema eleitoral Brasileiro, mas é um dos maiores. E qual é a solução? Há quem diga que é o voto distrital... Balela! O voto distrital é o que vincula o candidato ao distrito pelo qual se candidata, ou seja, força ainda mais a relação com o curral eleitoral e reforça o clientelismo. A individualização da política não vai coletivizar as soluções dos problemas da sociedade.

Em nossa opinião, a solução para este problema é o voto em lista partidária. Com isso, o eleitor vai ser obrigado a escolher com base no programa geral daquele partido. O partido que se mantiver atrelado à política paroquiana vai acabar se resumindo a poucos parlamentares isolados que não vão ter potencial para aprovar seus projetos. Conseqüentemente, os parlamentares vão ter que votar abertamente em projetos de beneficio coletivo para toda sociedade e deixar claras suas opiniões ideológicas. Uma política muito mais sincera.

O voto em lista partidária não resolve todos os problemas do Brasil, mas resolve alguns, principalmente este que descrevemos.

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De São Paulo-SP.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Gustavo Petta entregou o cargo, não foi afastado

Por Marcio TAQUARAL

Denúncia de corrupção é sempre notícia, seja no Brasil ou em qualquer lugar do mundo. Corrupção é ruim para o país, mas sempre alavanca a vendagem dos jornais. Diante disso, nada é mais natural (e até positivo) do que a obsessão dos jornalistas por denunciar “esquemas”.

O que não é nem natural, nem legítimo e muito menos positivo é o “denuncismo”. Tal fenômeno ocorre quando a denúncia se revela infundada, mas, para manter o clima (e as vendas), os jornais ficam requentando fatos.

Pior que o “denuncismo” é quando os jornalistas começam a mentir descaradamente para criar manchetes. O caso dessa semana atinge Gustavo Petta, o ex-Secretário de Esportes de Campinas.

Gustavo Petta é cunhado do Ministro dos Esportes Orlando Silva e, assim como ele, é militante do PCdoB e foi presidente da UNE. Tantas semelhanças são um prato cheio para jornalistas antiéticos.

Ocorre que na semana passada, a Câmara dos Vereadores de Campinas votou o afastamento do Prefeito Demétrio Vilagra (PT) por noventa dias. Com isso, quem assume é o presidente da Câmara, o vereador Pedro Serafim (PDT). Trata-se de mais um capítulo da crise política iniciada pelo impeachment do ex-prefeito, o Dr. Hélio (do PDT, ao que consta). Dr. Hélio caiu por causa de denúncias de corrupção na Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de Campinas).

O PCdoB de Campinas é um histórico aliado de Dr. Hélio e, por isso, Gustavo Petta foi nomeado secretário. Durante o processo de impeachment de Dr. Hélio, o PCdoB foi o partido mais fiel ao ex-prefeito, sendo do PCdoB o único vereador que votou contra seu afastamento: Sérgio Benassi. Quando o vice Demétrio Vilagra assumiu, por ser aliado, decidiu manter os comunistas na Secretaria e mais: nomeou Fernando Vaz Pupo para presidir a Sanasa.

Com o afastamento de Vilagra e a posse do vereador Pedro Serafim, o PCdoB passa a ser oposição, afinal, apoiava o governo que caiu. Diante disso, o Partido decidiu entregar os cargos na Secretaria de Esportes e a Presidência da Sanasa. Fato que foi, inclusive, noticiado pela mídia. Tal decisão foi seguida, inclusive, por outros secretários que não são do PCdoB.

Resumindo, por questões paroquianas de Campinas, Gustavo Petta entregou seu cargo de Secretário. Ele não foi afastado pelo prefeito. E o assunto não guarda qualquer relação com as denúncias contra seu cunhado e companheiro de partido, Orlando Silva.

Infelizmente, no afã de manter o clima “denuncista”, maus jornalistas insistem em distorcer os fatos e MENTIR sobre o afastamento de Petta. Isso apenas comprova que não existem fatos contra Orlando, a ponto de precisarem inventar histórias contra seu cunhado para tentar atingi-lo.

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De São Paulo-SP.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Uma perseguição sem graça


Por Marcio TAQUARAL

O suposto humorista Rafinha Bastos não tem muita graça. A piada sobre Wanessa Camargo não teve a menor graça. Mas a campanha contra o humorista também está muito sem graça.

O humor é uma forma de crítica, ou seja, serve para incomodar mesmo! O humor está protegido constitucionalmente como parte do Direito de Crítica, uma das facetas da Liberdade de Expressão. Sem tais direitos/liberdades, não existe Democracia. O incômodo causado pela piada sem graça é sensivelmente menos importante do que os sustentáculos do regime que protege os direitos de seus cidadãos. Em suma, a campanha contra o humor é uma campanha antidemocrática.

Por outro lado, como já dissemos antes: nenhum direito é absoluto, nem mesmo a Liberdade de Expressão. Suas limitações são bastante claras e estão expressas na própria Constituição (art. 5º, IV, V, X, XLII). Ocorre que o bufão Rafinha Bastos não ultrapassou tais limites, não havendo absolutamente qualquer fator que justifique o cerceamento de sua atuação estrambótica.

Aos que se consideram ofendidos pelas piadas idiotas de Rafinha Bastos, resta pedir indenização por dano material, moral ou à imagem (art. 5º, V), se é que houve. As piadas deste comediante são de mau gosto, mas não se justifica que ele seja julgado criminalmente por isso.

Mesmo sem achar graça no humor aparvalhado de Rafinha Bastos, torcemos por ele. Afinal, só há Liberdade de Expressão quando ela vale também para o que não nos agrada.
 
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De São Paulo-SP.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Orlando Silva demonstra dignidade ao enfrentar as acusações

Por Marcio TAQUARAL

O Ministro dos Esportes, Orlando Silva de Jesus Júnior, tem sido alvo de intenso bombardeio. Entre os defensores de Orlando, há quem acuse a imprensa de querer desestabilizar o Governo Dilma (derrubando o sexto). Outros vêem interesses escusos da CBF/FIFA por trás das acusações. Há, ainda, os que acham tratar-se de “fogo amigo”, de petistas ou peemedebistas interessados no Ministério que assume importância inédita devido à proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas.

Antes de enveredarmos pelas teorias sobre a motivação dos ataques, preferimos destacar o comportamento de Orlando Silva. Foi o único ministro que, uma vez acusado, prontamente se colocou à disposição dos jornalistas, foi ao Congresso se explicar aos Deputados Federais, e também aos Senadores, ainda pediu ao Procurador Geral da República e ao Ministro da Justiça que investiguem as acusações. Todos os acusados de corrupção alegam inocência, mas Orlando foi o primeiro que fez isso de peito aberto e dando a cara a tapa. Já é um ponto positivo para o Ministro.

O acusador do Ministro dos Esportes diz que tem provas de suas alegações. Então que as apresente. Até que isso aconteça (se acontecer...), Orlando Silva merece a presunção de inocência pela coragem e honradez que tem manifestado.

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De São Paulo-SP.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

#SouOrlandoSouBrasil


Por Marcio TAQUARAL


A hastag #SouOrlandoSouBrasil, em defesa do Ministro do Esporte Orlando Silva, conquistou o apoio de 11 milhões de pessoas no Twitter, ficando em primeiro lugar nos  trending topics do Brasil e em 4º lugar no mundo. Mas foi simplesmente censurada pelo Twitter.

Não é a o Twitter faz isso. Em julho deste ano o Twitter censurou a hastag #ForaRicardoTeixeira

Muito natural, isso apenas revela que o Twitter está mancomunado com a CBF/FIFA e, consequentemente, contra o Ministro dos Esportes (que optou por defender a soberania nacional em vez de fazer as vontades de Ricardo Teixeira, o super-cartola que manda no futebol Brasileiro e quer mandar no futebol mundial).

Triste é o papel que Juca Kfoury se presta. O jornalista, que sempre se orgulhou de ser o Inimigo Número Um de Ricardo Teixeira, acaba se aliado justamente a ele ao endossar a campanha contra o Ministro. Juca Kfoury não é obrigado a gostar e nem apoiar Orlando Silva, mas também não pode ser fazer de ingênuo e fingir que não percebe a ação mafiosa da CBF/FIFA por trás dos ataques ao Ministério dos Esportes. Que papelão, Juca!

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De São Paulo-SP.