Por Marcio TAQUARAL
A Turquia é um país sui generis em muitos aspectos, assim
como a Rússia, ela vive em dois continentes, tem uma parte europeia e outra
asiática. É um Estado radicalmente laico, porém com uma população
exageradamente religiosa (muçulmana, no caso). A Turquia é membra da OTAN
(Organização Tratado do Atlântico Norte), mas seu ingresso na União Europeia
enfrente alguma resistência. A política turca também é muito tumultuada, sendo
que o Exército tem mania de promover golpes de Estado para “proteger a
democracia”, muito parecido com o que acontecia no Brasil.
Recentemente, em 2002, as
eleições parlamentares foram vencidas pelo Partido da Justiça e do
Desenvolvimento (AKP), uma agremiação neoliberal, conservadora e de inspiração
islâmica (só pra reforçar o caráter sui
generis da Turquia). Nessa eleição houve um temor não concretizado de
intervenção das forças armadas, afinal, o Estado é laico, mas o partido vencedor
é religioso. O golpe de Estado não veio e, em 2003, após normalizar a situação,
o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdoğan pôde assumir o cargo.
Recentemente, a Turquia tem se
destacado em suas relações internacionais, atuando em conjunto com o Brasil
para propor soluções pacificas às pressões dos EUA e da Europa contra o Irã. Por
outro lado, a diplomacia turca está estremecida com Israel, uma vez que a
Turquia considera inaceitável o embargo criminoso promovido pelo estado judeu
contra a Faixa de Gaza.
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De São Paulo-SP.
De São Paulo-SP.