quarta-feira, 25 de março de 2009

Ainda no tema das eleições para Governador de São Paulo

PSDB

Em 2008, José Serra mandou três recados avisando Geraldo Alckmin para que não saísse candidato à Prefeitura de São Paulo: primeiro foi através da bancada tucana na Câmara dos Vereadores, o segundo foi pelo Diretório Estadual, o terceiro ele deu pessoalmente. Geraldinho não ouviu os conselhos do Governador e se lançou candidato. Perdeu para Kassab sem ir sequer para o segundo turno.

Era o fim da carreira política de Alckmin. A acachapante vitória de Kassab, articulada diretamente por Serra, fez com que todos os tucanos da turma de Alckmin viessem pedir a benção do Governador. Isolado dentro do PSDB, Geraldo Alckmin nunca mais conseguiria legenda para qualquer cargo majoritário, ou seja, ia passar o resto de seus dias na Câmara dos Deputados.

Ou, por sua vez, Geraldo Alckmin poderia muito bem mudar de partido e se lançar novamente a Governador, talvez para Senador. Sem os tucanos, Alckmin não voaria muito longe, mas ao menos estaria em evidência. Seguindo a máxima “mantenha os amigos por perto e os inimigos mais perto ainda”, José Serra fez uma jogada de mestre e convidou Alckmin para compor seu secretariado. Problema resolvido.

Diante do exposto acima, apesar das pesquisas eleitorais apontarem liderança de Geraldo Alckmin na disputa para o Governo de São Paulo, o candidato tucano não deve ser ele. Tudo no PSDB agora será dirigido para o objetivo de eleger Serra presidente. E o candidato favorito de Serra para o Governo de São Paulo é seu Secretário-Chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes.

Lembrando que a origem política de Aloysio Nunes vem do PCB, corremos o risco de ver uma eleição disputada entre um tucano ex-comunista, um neoliberal ex-trotskysta e um empresário neo-socialista.


PDT

Enquanto isso, o PDT se prepara para lançar o Prefeito em Campinas, Dr. Hélio de Oliveira Santos, como candidato a Governador. Alguns petistas defendem o apoio do partido à candidatura do PDTista, mas, ao que tudo indica, isso não passa de uma cortina de fumaça para tirar o foco da candidatura de Palocci (muito visada a ataques por parte da mídia).

Apesar de aparecer nas pesquisas, Paulinho Peleguinho, da Força Sindical, dificilmente vai se candidatar para evitar exposição. Depois de correr o risco de cassação por envolvimento na quadrilha que desviava verbas do BNDES, ele teme virar alvo novamente.

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De São Paulo-SP.

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