sexta-feira, 6 de março de 2009

Está faltando argumento por ai...

Na falta de argumento melhor, a Direita e seus jornalistas amestrados comparam a situação de Cesari Battisti com o caso dos boxeadores cubanos durante o Pan-Americano. Inocente ou culpado dos assassinatos, Battisti é um perseguido político na Itália (que reconhece a ele o status de criminoso político). Além disso, foi condenado à revelia (sem defesa), o que é inaceitável pela legislação Brasileira. Se Battisti retornar a Itália, ele será imediatamente enviado para a cadeia e ficará por lá, sem direito à defesa, até o fim dos seus dias.

Totalmente diferente é o caso dos cubanos. Esses boxeadores receberam todo apoio estatal e o investimento de Cuba para sua realização como atletas. Além disso, foram enviados a outro país para defender o nome de sua pátria em uma competição continental da maior importância. Dar apoio, destaque e enviar para o exterior é uma forma bastante estranha de tratar os perseguidos políticos...

A única coisa que perseguia os boxeadores eram alguns empresários alemães e sua própria ganância.

Em um país em que a educação, a saúde e o apoio ao esporte são universais e de qualidade para toda a população, como é o caso de Cuba, pode-se dizer que aqueles atletas que usufruíram de tudo isso e, em vez de trazer glórias para o povo que os apoiou, preferiram renegar sua própria nacionalidade em troca de um salário polpudo, são traidores da pátria. E isso deveria ser motivo suficiente para enviá-los para a cadeia por uns tempos. Apesar de tudo, não foi o que aconteceu: os boxeadores retornaram a Cuba, continuaram soltos, mas perderam seu direito de atuar como atletas (o mínimo depois de terem envergonhado tanto o povo cubano), mas posteriormente optaram por evadirem-se outra vez (espera-se que dessa vez para sempre).

Lamentável também foi a postura da maior parte da imprensa Brasileira, que fez coro com a falaciosa tese de asilo político aos cubanos. Esses setores da imprensa, ao defenderem os boxeadores, somaram-se aos empresários alemães, que reduziram o Brasil e o Pan-Americano a uma quitanda onde eles podiam simplesmente entrar, assediar e adquirir alguns atletas novos por baixos preços.

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De Americana-SP.

Foto: Fernando Quevedo, O Globo

Um comentário:

  1. Esses cubanos são traidores da pátria! tanto investimento que lhes foi dado para depois darem uma banana para Cuba! lamentável! dps de mto treinados e terem virado atletas profissionais de peso, deixaram o país por um salário empolgante... bem feito que não puderam exercer o boxe qdo voltaram pra Cuba!! traidor tem que ser tratado sem piedade!!

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