quinta-feira, 1 de abril de 2010

Meirelles para vice

O Presidente do Banco Central Henrique Meirelles é um agente infiltrado no Governo Lula. Durante quase oito anos ele fez o possível e o impossível para boicotar mudanças mais profundas na política econômica. Apesar disso, seria formidável se ele fosse indicado como candidato a vice na chapa da petista Dilma Rousseff (ex-Ministra Chefe da Casa Civil) por duas razões:

A primeira razão é que, para ser candidato, Meirelles precisa se desvincular e renunciar à Presidência do Banco Central. Mereceria uma queima de fogos equivalente a que comemorou a saída de José Serra do Governo de São Paulo.

A segunda razão é negativa. Se Meirelles for o vice, quer dizer que Michel Temer não será! Afastar o Deputado Michel Temer (PMDB-SP) da Vice-Presidência da República é um benefício tão grande para o Brasil que somos até capazes de perdoar toda a desgraça que Meirelles cometeu durante seus anos no BACEN.

Ao que tudo indica, Meirelles não vai renunciar e teremos que agüentá-lo até o final do ano e, eventualmente, até o final do mandato da Dilma (e Temer...). Uma pena, mas sonhar não custa nada!

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De São Paulo-SP.

2 comentários:

  1. sempre maravilhoso o blog!

    ta adc nos favoritos!

    saudações socialistas!

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  2. Taquaral,

    Meirelles - assim como Hélio Costa e Miguel Rosseto/Rudolf Stephanes em suas respectivas pastas - sempre foram representantes de interesses específicos, contrários ao lulismo, que o próprio Lula trouxe para dentro, tanto para alcamar aqueles setores quanto para (tentar) fagocita-los. O nosso querido presidente do Banco Central sempre foi um homem do mercado financeiro, primeiro acoplado no PSDB, depois, por questões hegemônicas óbvias, instalado confortavelmente na confederação de caciques chamada por nós de PMDB - uma agremiação política que mesmo que caiba de tudo lá dentro, tem o seus controladores, dentre eles (e principalmente), Temer.

    Aliança com PMDB mesmo, só com Temer como vice pelo visto, o que é imprescindível para a candidatura Dilma, ao meu ver - não apenas pelas alianças regionais e a perda de palanques de Serra em estados importantes como também, talvez principalmente, a conquista de uma tempo de televisão que fará toda a diferença mais adiante.

    Nesses termos, caso isso se confirme, teríamos, com uma eventual vitória de Dilma, uma mudança de gravidade no núcleo do governo - mais para a direita - e, ao mesmo tempo, a derrota da direita mesmo - setor que o glorioso Serra usa como muleta eleitoreira. Não sei não, mas isso me cheira muita a Tancredo. Espero estar errado...

    abraços

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