quarta-feira, 8 de junho de 2011

O Fim do Mundo como o conhecemos? - Parte 3

Por Marcio TAQUARAL

A internet não vai acabar com os jornais escritos. Assim como a internet não vai acabar com a televisão, assim como a televisão não acabou com o rádio, assim como o rádio não acabou com o jornal escrito, assim como o jornal escrito não acabou com o livro. Os veículos de informação se completam e se alteram diante dos novos obstáculos e das novas tecnologias. Um não acaba com o outro, mas transforma.

Quando surgiu, o jornal impresso era um meio de comunicação muito mais veloz que o livro. Ou seja, retirou deste uma de suas funções. Por outro lado, ainda que os jornais publiquem conteúdo mais aprofundado, não têm tamanho suficiente para explorar uma assunto em sua totalidade (até porque, se o fizer, perde sua velocidade e se descaracteriza), ou seja, tal tarefa continuou cabendo aos livros. O livro perdeu uma funcionalidade, mas continuou existindo (e existe até hoje).

O rádio é um meio de comunicação muito mais veloz do que o jornal, do qual retirou a primazia das notícias mais quentinhas. E o jornal se transformou, passando a tratar os assuntos com mais profundidade.

E a televisão, que tem a mesma velocidade que o rádio, com o diferencial das imagens? Acabou com o rádio? Não, pois o rádio é um meio de comunicação portátil, que permite ao ouvinte executar outras tarefas ao mesmo tempo em que escuta. De fato, a televisão roubou do rádio o espaço central na sala de casa, mas o rádio ainda é insuperável entre os automóveis e pedestres (que não podem ficar olhando para a telinha!).

E a internet não vai acabar com qualquer um deles, pois é uma junção de mídias. A internet também é livro, também é rádio, também é televisão e também é jornal. Tais mídias continuaram existindo, às vezes fora, às vezes por meio da internet.

Diante da internet, os jornais impressos estão se transformando. O grande jornal, cuja leitura era obrigatória para todo pai de família durante o café da manhã, está em decadência (assim como o conceito patriarcal de “pai de família”). Está em decadência porque ninguém precisa assinar um jornal para ter acesso àquelas informações, que podem ser facilmente captadas pela internet. Mas este não será o fim do jornal impresso, ele apenas se transformará. Um exemplo disso é o sucesso de jornais menores, com distribuição gratuita e público localizado, como é o caso do Destak, do Metro, do MetroNews, para citar os mais famosos. Diante da internet o jornal impresso se transformará em uma espécie de “panfleto de luxo”, mais denso do que um simples panfleto e menor do que um tradicional jornal dos dias de hoje.

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De São Paulo-SP.

Foto: http://recruta-pm.blogspot.com/2010/05/conclusoes.html


@MarcioTAQUARAL Em campo Ronaldo sempre foi inferior a Pelé (o Rei é rei!), mas fora dele foi muito melhor: reconheceu o filho Alex sem fazer ladainha.

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