sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Meias-verdades e meias-notícias

Na mídia brasileira, algumas notícias são rapidamente esquecidas e substituídas por outras.

O caseiro Francenildo Santos Costa sempre é lembrado por ter tido o sigilo bancário violado supostamente a mando do então Ministro da Fazenda Antonio Palocci. A parte que os jornalistas nunca se lembram de noticiar é que a quebra do sigilo do caseiro identificava um depósito de R$ 38.860,00 de um advogado filiado do PSDB. Ou seja, o inocente caseiro Francenildo tinha recebido dinheiro da oposição para atacar Palocci. Claro que isso não justifica a quebra do sigilo, mas o fato na verdade é um factóide.

Outra noticia contada pela metade é a que envolve a prisão dos aloprados Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha da Silva, no hotel Íbis de São Paulo com R$ 1,7 milhão sem origem comprovada. O dinheiro seria usado para comprar um dossiê contra o então candidato a governador José Serra (PSDB). A parte da notícia sempre omitida é o conteúdo do dossiê, que eram provas do envolvimento de Luiz Antônio Vedoin, Chefe da Máfia das Sanguessugas, com o ex-Ministro da Saúde José Serra.

A mais recente meia-verdade noticiada pela mídia é a do currículo da Ministra Dilma Rousseff. A Plataforma Lattes da Ministra a apresenta como Doutora, quando ela é no máximo doutoranda. A denúncia é rigorosamente verdadeira, mas falta aos denunciantes a mesma indignação com o falso currículo de José Serra apresentado ao Tribunal Regional Eleitoral no qual ele se diz Economista. José Serra não é economista, já que nunca concluiu o curso. Assim, a mídia deveria divulgar que o Grau de Instrução correto do Governador José Serra é “Superior Incompleto”.

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