domingo, 19 de abril de 2009

Viva o Movimento Estudantil!

Com a proximidade dos Congressos da UEE-SP (Campinas, de 11 a 14 de junho) e da UNE (Brasília, 15 a 19 de julho), vale a pena comentar um pouco sobre o Movimento Estudantil.

Em 1968, o perfil era bem diferente do que é hoje. Além do fato evidente de existir uma Ditadura, o Ensino Superior estava concentrado em algumas poucas universidades, quase todas públicas (e algumas comunitárias, como a PUC-SP e o Mackenzie) e o estudante era, em geral, apenas estudante (aqueles que preenchem os formulários assim “Profissão: Estudante”).

Em 2009, a população estudantil é imensamente maior e sua maioria está matriculada nas instituições privadas com fins lucrativos (quase 80%, chegando a 90% em São Paulo). O estudante não é mais “apenas estudante”, pois trabalha para pagar a mensalidade, ajudar em casa, se sustentar ou, no caso dos mais riquinhos, fazem um estágio para ganhar experiência para disputar uma boa colocação no mercado. Fora o fato de que não existe mais a Ditadura.

Diante de diferenças tão gritantes, torna-se óbvio que a maneira de conduzir o Movimento Estudantil hoje é diferente da maneira que se fazia em 1968. Apesar disso, a atuação dos estudantes, por meio da UNE e da UEE-SP continua sendo fundamental para o desenvolvimento da sociedade. A luta não é mais contra a Ditadura, mas continua sendo contra a pobreza, contra a desigualdade, contra o atraso e contra as oligarquias que dominam o Brasil há 509 anos.

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De Cotia-SP.

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