Por Marcio TAQUARAL
Quando os detratores do socialismo precisam de um argumento, sempre encontram algum problema em Cuba. Em geral, comparam alguma coisa que falta em Cuba com alguma coisa que sobra nos EUA ou no Brasil. É uma comparação injusta, pois os EUA e o Brasil são grandes países territoriais, com ampla população e com economias monstruosas (ainda sim, Cuba ganha quando se trata da questão social, principalmente com relação à Educação e à Saúde). Quando se quer falar de Cuba, a comparação deve ser com outro país, por exemplo, o Haiti.
Quando os detratores do socialismo precisam de um argumento, sempre encontram algum problema em Cuba. Em geral, comparam alguma coisa que falta em Cuba com alguma coisa que sobra nos EUA ou no Brasil. É uma comparação injusta, pois os EUA e o Brasil são grandes países territoriais, com ampla população e com economias monstruosas (ainda sim, Cuba ganha quando se trata da questão social, principalmente com relação à Educação e à Saúde). Quando se quer falar de Cuba, a comparação deve ser com outro país, por exemplo, o Haiti.
O Haiti é um país muito sofrido. Foi o primeiro país do mundo a abolir a escravidão e o segundo da America a conquistar a independência. Tal ousadia nunca foi perdoada pelas potências da época. A França e os EUA mantiveram um bloqueio comercial contra o Haiti por 60 anos (o de Cuba vai completar 51 anos em 19 de outubro). Além disso, a política do Haiti foi sempre manipulada, ora pela França, ora pelos EUA, ocasionando uma sucessão ininterrupta de golpes, contra-golpes, ditaduras e ocupações militares (dos EUA, lógico). De 1994 a 2000 o Haiti foi quase democrático, apesar de uma terrível crise social econômica, mas a eleição de 2000 foi acusada de fraude, desestabilizando novamente o país. Em 2004, durante um golpe militar, o presidente Jean-Bertrand Aristide foi seqüestrado pelo Exército Americano e levado ao exílio.
Desde o último golpe militar, o Haiti recebeu uma Missão da ONU que é responsável pela estabilização do país. Inicialmente, a Missão foi comandada pelo Brasil, uma atitude muito positiva, pois impediu que a França e os EUA fatiassem e dividissem o Haiti como fizeram nos últimos 200 anos. Infelizmente, setores isolacionistas e com síndrome-de-vira-lata (muitos de Esquerda) criticaram o apoio Brasileiro ao povo do Haiti.
Em 2010, um terremoto de proporções poucas vezes visto destruiu o pouco que restava do Haiti. Usando a tragédia como justificativa, os Estados Unidos invadiram o Haiti ilegalmente (ignorando a Missão da ONU) e assumiram o controle do país. Novamente, os setores isolacionistas defenderam que era hora do Brasil sair do Haiti. Na época, seria uma péssima decisão, pois deixaria os haitianos à mercê dos EUA.
Em abril de 2011, foi proclamado o resultado das eleições para o novo Presidente do Haiti, sendo eleito o cantor Michel Martelly.
Isso posto, chega o momento do Brasil preparar sua retirada do Haiti. Para isso, é claro, é importante que haja uma decisão da ONU (o que legitima nossa presença naquele país) que, de preferência, impeça a permanência das tropas americanas. A atuação do Brasil à frente da Missão da ONU foi importante para o Haiti, mas também é importante saber a hora de ir embora.
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De São Paulo-SP.
De São Paulo-SP.
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