quinta-feira, 4 de junho de 2009

PMDB é o PT amanhã

O PMDB é o maior partido do País, com maior número de filiados, de Vereadores, de Prefeitos, de Governadores, de Deputados Federais e Senadores, além de seis ministros. Apesar disso, não tem um nome nacional para disputar a Presidência da República, ou seja, é a noiva da vez, disputada pelo PT e pelo PSDB.

A tendência é que o PSDB leve a melhor...

Parte do PMDB quer apoiar José Serra, sendo liderados pelo ex-governador Orestes Quércia e pelo Senador pernambucano Jarbas Vasconcelos, pelo Governador paranaense Rubens Requião (pois é, pois é, pois é!) e pelo Presidente da Câmara Michel Temer. Além disso, Quércia tem feito articulação para garantir ao tucano o apoio do baiano Geddel Vieira Lima (Ministro da Integração), de José Fogaça (Prefeito de Porto Alegre-RS), de Garibaldi Alves (Senador pelo Rio Grande do Norte), de Jader Barbalho (Deputado Federal pelo Pará), de Iris Rezende (Prefeito de Goiânia-GO) e de Luiz Henrique da Silveira (Governador de Santa Catarina). As chances de grande parte dessa turma embarcar na candidatura de Serra é grande, pois todos estes, nos seus estados de origem, ou tem problemas com o PT, ou tem boas alianças com o PSDB. Enfim, é a política estadual dirigindo as decisões nacionais.

PT e PMDB são dois partidos muito parecidos. Ambos iniciaram sua trajetória na Esquerda e aos poucos foram se dirigindo ao centro do espectro político. Ao atingirem o poder, os dois partidos foram inflados por todo tipo de oportunista e fisiologistas. São os dois partidos com mais força, estrutura e inserção nacional. O mais natural é que eles disputem o mesmo espaço, o que dificulta alianças.

Como foi bem apontado pela colunista Lúcia Hippolito da CBN, apesar de parecidos, o PT e o PMDB têm uma diferença crucial, enquanto o primeiro tem uma tática nacional, o segundo é regionalista. Sendo assim, as disputas regionais afastam o PMDB de uma aliança, a não ser que uma decisão do Diretório Nacional do PT imponha isso aos seus Diretórios Estaduais. O que é difícil.

A tendência é que, a cada dia, o PT fique mais parecido com o PMDB. Vejam um aspecto interessante: até o escândalo do Mensalão, havia um influente setor da chamada “Esquerda Petista”, composta por uma dezena de pequenos grupos ideológicos, radicais e puristas. Essa tal “Esquerda do PT” ainda existe, mas hoje é apenas decorativa, não influencia e nem faz barulho, um processo mais ou menos parecido com o antigo Grupo Autêntico do MDB, que foi derrotado pelo Centrão... Existe coisa mais parecida com o Centrão do que a Articulação do PT (o Campo Majoritário, hoje rebatizado de Construindo um Novo Brasil)?

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De Campinas-SP.

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