Na quarta-feira (03/06) o jornalão O Estado de S. Paulo publicou editorial intitulado “A Greve da USP” em que demonstrou toda sua ideologia reacionária e praticamente declara apoio ao pré-candidato presidencial José Serra (que nas horas vagas é Governador de São Paulo). Além do curioso fato do editorial simplesmente ignorar que a causa das sucessivas greves é a falta de uma política salarial para a universidade, o Estadão destila oito parágrafos atacando os sindicatos de trabalhadores e professores da USP, bem como o Movimento Estudantil.
Mas a melhor parte é essa transcrita abaixo:
A pauta de reivindicação dos professores também é corporativa e política. Além do reajuste salarial, eles pedem a expansão do ensino superior público, autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, democratização da estrutura administrativa e do funcionamento dos colegiados e revogação das "políticas que terceirizam o trabalho".
A pauta de reivindicação corporativa e política... Muito curioso! Existe algum outro tipo de reivindicação? Ao que se sabe, toda reivindicação, ou é corporativa (quando reivindica para a categoria) ou é política (cujo teor é exatamente o contrário da corporativa, já que reivindica ações que beneficiem o restante da sociedade).
Ao criticar os professores por terem uma pauta corporativa e política, implicitamente o Estadão declara-se contra absolutamente qualquer tipo de greve... Mas isso não surpreende mais ninguém.
Quem quiser conferir o Editorial, leia aqui o original.
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De Campinas-SP.
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