De fato, a condução política do SINTUSP durante a greve é desastrosa, mas o autodenominado movimento “anti-grevista” chega a ultrapassar as raias do ridículo.
Em primeiro lugar, tal movimento diz querer garantir seu direito à aula. Muito justo! Apenas é importante ressaltar que o SINTUSP é a representação dos funcionários, ou seja, se algum aluno está sem aula, deveria questionar à Associação dos Docentes, não ao Sindicato dos Trabalhadores. A propósito, pelo que consta, na FEA e na POLI (unidades onde o discurso do movimento ressoa com mais força) as aulas estão sendo ministradas normalmente.
Em segundo lugar, não existe qualquer sentido em fazer manifestações contra a greve, a não ser que se pretenda obrigar os funcionários a voltar ao trabalho. Esse tal flash mob é uma versão moderninha do chicote?
Em terceiro lugar, apelando para o pragmatismo, se a greve atinge tanto os sentimentos de alguns, seria mais prático que eles aderissem ao movimento fazendo manifestações pressionando a Reitora a atender as reivindicações.
Em quarto lugar, podemos até reconhecer que, talvez, os estudantes contra a greve sejam de fato maioria na USP, mas eles só devem ser assim tratados quando se organizarem e participarem das atividades e assembléias para apresentarem sua opinião. Enquanto ficarem escondidos atrás do computador, fazendo militância virtual através de “correntes de e-mail” e pesquisas on-line, não devem ser levados em consideração.
Por fim, todos os estudantes, até por uma questão de reacionarismo, deveriam repudiar a presença da PM dentro do campus, afinal, moramos
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De São Paulo-SP.
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