segunda-feira, 25 de abril de 2011

Onde começa a Modernização do Brasil

Os tucanos, viúvas de FHC e os jornalistas amestrados adoram dizer que tudo que ocorre de bom no Brasil de hoje começou no Governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Se o PIB cresce, é por causa da abertura econômica. Se o desemprego cai, é por causa da estabilidade. Se a pobreza acaba, é por causa do Plano Real. É bastante curioso que os indicadores do Governo FHC tenham sido tão diferentes, já que a ele são atribuídas as responsabilidades pelo bom momento do nosso País. Balelas!

A abertura econômica foi iniciada pelo finado ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), não por FHC. O Plano Real foi criado no Governo Itamar Franco (1992-1994). Além disso, planos de abertura comercial e estabilidade econômica similares ao Brasileiro ocorreram em vários países da América Latina, como na Argentina de Carlos Menem e no Peru de Fujimori. Em nenhum destes países os feitos dos governos atuais são atribuídos aos governos anteriores. Sabe por que? Porque nem na Argentina e nem no Peru houve um governo Lula com tanta popularidade a ponto de até a oposição querer tirar uma casquinha.

De fato, as conquistas do presente se erguem sobre as conquistas do passado. Isso ocorre mesmo quando um governo nega o anterior, afinal, trata-se de um processo dialético de governar o oposto, mas em cima do que já existe. Sendo assim, em vez de atribuir ao Governo FHC, as mudanças de paradigma deveriam ser atribuídas à redemocratização. A modernidade do Brasil começa em 1984 na campanha das Diretas Já! e se consolida com a promulgação da Constituinte de 1988. Só com a volta da Democracia é que a opinião do Povo passou a fazer diferença, ou seja, os temas como inflação, consumo de massas, emprego, entre outros, passaram a direcionar (de fato) os governos. Isso não quer dizer que os governos anteriores não se preocupavam com estes temas, mas, como eram governos autoritários e ditatoriais, tinham outras prioridades e sofriam menos pressões por causa disso.

Em suma, resguardando os méritos de cada governo, as mudanças que o Brasil sofre não são realização de meros indivíduos trajando a faixa presidencial, mas de todo um esforço coletivo do Povo Brasileiro. E ainda temos muito o que fazer!

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De São Paulo-SP.

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