O principal legado da administração de George W. Bush foi a radicalização do mundo. Internamente, a política dos EUA caiu nas garras dos neoconservadores, enquanto a política externa passou para o controle dos Falcões, com sua guerra preventiva e infinita “contra o terror”. Tal radicalização foi exportada:
Na Palestina, com deliberado apoio de Israel, o lendário líder nacionalista e laico, Yasser Arafat, foi gradualmente enfraquecido e isolado (inclusive fisicamente) até sua morte. O resultado disso foi a queda de seu partido Fatah e a ascensão dos fundamentalistas Islâmicos do Hamas. Nada mais adequado aos fundamentalistas sionistas (como Ariel Sharon, Benjamin "Bibi" Netanyahu e Avigdor Liberman) do que adversários iguais. Triste para a história fica sendo o papel do Presidente Shimon Perez, ex-vencedor do Prêmio Nobel de 1993.
No Irã, o reformista Muhammad Khatami promoveu reformas e defendeu a doutrina do “Diálogo entre as civilizações” (em contraposição à versão americana do Choque de Civilizações). O único país com quem Khatami não conseguiu boas relações foram exatamente os Estados Unidos de George W. Bush. Em 2005, Khatami deixou o governo, sendo substituído pelo conservador religioso Mahmoud Ahmadinejad.
No Paquistão, a situação já não ia muito bem com a Ditadura Militar do general Pervez Musharraf. Em 2007, finalmente o ditador caiu, mas logo em seguida as más notícias continuaram: o Talibã, guerrilha medievalista islâmica ultra-conservadora que dominava o Afeganistão antes da guerra de 2001, foi exportada e ameaça tomar o controle do Paquistão.
Lembrando que, desses três países, dois detêm armas nucleares (Israel e Paquistão) e o terceiro (Irã) está em vias de adquirir.
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De Cotia-SP.
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