quarta-feira, 30 de março de 2011

Privataria dos aeroportos

O problema da privatização dos aeroportos não é apenas ideológico, mas também operacional. Um paralelo pode ser feito com a privatização das ferrovias. Durante o (des) Governo FHC, a existente malha ferroviária Brasileira foi privatizada e liquidada, pois as empresas concessionárias não tiveram interesse em manter as linhas de transporte de passageiros, apenas algumas linhas de carga. Em suma, a iniciativa privada só teve interesse pela parte lucrativa e a outra foi abandonada. Ocorre que, apesar serem menos lucrativas, isso não significa que as linhas de passageiros não sejam essenciais ao Brasil.

Se ocorrer uma privatização dos aeroportos, obviamente as empresas não irão ter interesse pelos aeroportos pouco rentáveis, que correrão o risco de serem sumariamente fechados. Não há ilusões, as empresas simplesmente fecham os departamentos que não lhes dão retorno esperado, independente deles terem ou não importância estratégica para o desenvolvimento socioeconômico da nação. Ou seja, a privatização só ocorrerá nos aeroportos altamente lucrativos, pois os pouco lucrativos serão fechados ou continuarão nas mãos do Estado. Trata-se de uma visão muito mesquinha em um momento que tanto se fala no funil da infraestrutura nacional.

Resumindo, a privatização não e, nem de longe, a solução para os problemas estruturais dos aeroportos Brasileiros.

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De São Paulo-SP.

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