sábado, 12 de março de 2011

Opiniões sobre a História do Brasil

Abertura dos Portos: Em geral, os neoliberais (todos herdeiros de Visconde de Cairú) apontam o decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas como responsável pela evolução econômica Brasileira. De fato, o fim do monopólio comercial com a metrópole gerou colossais mudanças econômicas. Por outro lado, o fim do monopólio não precisava ter concedido privilégios alfandegários à Inglaterra (qualquer mercantilista saberia disso!) e o fator gerador atraso econômico do Brasil colônia era sua estrutura social escravista e a proibição de manufaturas. Melhor seria se, em vez de abrir os portos, fosse concedida ao Brasil autorização para o desenvolvimento de manufaturas para uso interno (como ocorreu nas colônias do norte dos Estados Unidos).

Imperador filósofo: D. Pedro II sempre foi muito festejado como bom imperador. Exerceu um reinado “pacífico”, tinha índole “liberal” e gostava muito de ciências e novidades. Alguns historiadores apresentam D. Pedro II como um homem com a cabeça à frente de seu tempo, um verdadeiro filósofo, quase um déspota esclarecido. Nada mais falso! O Imperador era tão pacifico quando José Sarney, jogava nos dois times (liberal e conservador) e apoiava sempre o vencedor. Seu reinado foi pacífico graças à repressão desprendida durante as regências, que massacraram todas as ideias contrárias ao poder central. De fato, D. Pedro II gostava de novidades, preferencialmente as tecnológicas, adorava bugigangas e invenções, mas no campo político e social, sua cabeça era tão retrógrada que manteve a escravidão enquanto pôde (mesmo com fortes pressões abolicionistas inglesas desde 1826, quando o futuro imperador tinha menos de um ano!). No campo político, o “liberal” D. Pedro II usou e abusou do Poder Moderador (absolutismo disfarçado), do voto censitário e das indicações ao parlamento, ou seja, a monarquia constitucional era apenas de fachada.

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De São Paulo-SP.

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