Com perdão do termo, não existe frase que exemplifique melhor a escolha do novo Reitor da USP.
Na mais importante universidade Brasileira ainda vigora um sistema exageradamente autoritário de gestão em que a comunidade universitária é excluída das decisões. Todas as decisões da Universidade de São Paulo estão a cargo do Conselho Universitário e dos quatro Conselhos Centrais, dos quais os estudantes e funcionários têm uma ínfima participação. Estes Conselhos que votam para Reitor, em detrimento de todo o resto da Universidade. Votam, mas não decidem, já que os três candidatos mais votados são encaminhados em uma lista tríplice para escolha do Governador.
A maioria dos Governadores respeita a decisão dos Conselhos (também, não tem com o que se preocupar de colegiados tão bem comportados...). Os únicos governadores que optaram por nomear para Reitor um candidato que não obteve a maioria dos votos foram Paulo Maluf em 1981 e José Serra em 2009.
Não contente
João Grandino Rodas, diretor da Faculdade de Direito, é um neoliberal na ideologia e um fascista na prática. Ele é famoso pelo comportamento inadequado quando presidia o CADE e por ter solicitado à intervenção da Polícia Militar para retirar estudantes que ocupavam simbolicamente a Faculdade de Direito. Nesta ocasião, Rodas era diretor da Faculdade e havia se comprometido pessoalmente
No blog do Luis Nassif, foi publicado um interessante artigo de João Vergílio G. Cuter. Apesar de ser bastante conservador, João Vergílio G. Cuter acerta na mosca na motivação de Serra na hora de escolher Rodas como novo Reitor. Ele diz textualmente: “A escolha do governador José Serra levou em conta um único dado: o enfrentamento da greve de estudantes, professores e funcionários da USP no ano que vem”. O ano que vem, como todos sabemos, é o ano eleitoral
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De São Carlos-SP.
ELEIÇÃO PARA REITOR DA USP
ResponderExcluirPRIMEIRO MOMENTO
Votam os membros do Conselho Universitário, dos Conselhos Centrais e das Congregações.
Desta votação é feita uma indicação de 8 nomes.
SEGUNDO MOMENTO
Os oito indicados são submetidos novamente ao Conselho Universitário e aos Conselhos Centrais para elaboração da listra tríplice. As Congregações NÃO participam desta etapa.
TERCEIRO MOMENTO
O Governador escolhe o reitor a partir da lista tríplice, podendo indicar qualquer um deles, até mesmo o menos votado.
fuck yeaah
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