domingo, 15 de agosto de 2010

Diferença entre os debates

O debate entre os candidatos ao Governo de São Paulo (12/08) foi muito mais interessante do que o debate entre os presidenciáveis (5/08). As razões são duas: diferente do plano nacional, em São Paulo o governo estadual não tem apoio de 80% do eleitorado, ou seja, o candidato da situação, Geraldo Alckmin (PSDB), foi atacado por quase todos os adversários (somente o ridículo Fábio Feldman, do PV, passou o vexame de ficar ao lado do tucano em vez de disputar votos...). A segunda razão foi a presença de candidatos menores que são mais ousados e deixam a disputa mais apimentada (como foi o caso de Celso Russomano do PP, Paulo Skaf do PSB e Paulo Búfalo do PSOL).

Entre os “grandes”, o senador petista Aloízio Mercadante demostrou muito mais desenvoltura sendo um bom comunicador com conteúdo. Geraldo Alcmin, apesar da experiência como ex-governador, já tendo debatido contra Maluf, Marta Suplicy e Lula, mostrou-se fraco, enfadonho e não concatenava bem as frases. Apesar disso, o tucano surpreendeu ao ser mais agressivo do que de costume.

Debate, como dizem, só define eleição quando é manipulado... Enfim, trata-se de uma grande oportunidade para prepara armadinhas e “cavar” declarações espinhosas dos adversários. Infelzimente, a imprensa paulista é tão medíocre que preferiu valorizar a piada sem sal de Alckmin, que acusou Mercadante e Russomano de fazerem jogo combinado por conta das gravatas parecidas, em vez de repercutir a acusação de Paulo Búfalo sobre o superfaturamento das obras do metrô (o caso Alston, tão pouco divulgado...).

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De Cotia-SP.

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