Quando a obra de uma estação do Metrô de São Paulo desabou em 2007 causando a morte de 7 pessoas, a palavra de ordem foi: “Não é o momento de procurar culpados! Essa tragédia não pode ser politizada!”. Naquele momento, os culpados poderiam ser apenas dois: o recém empossado Governador, José Serra, ou seu antecessor, Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. (Se fosse a Marta, a mídia oposicionista teria insuflado uma turba com tochas para ir até a casa dela tirar satisfação...). Até hoje a tragédia do Metrô não tem culpados, apenas vítimas.
Quando o trânsito da cidade de São Paulo fica paralisado pela absoluta falta de estrutura e planejamento, a palavra de ordem é “que a cidade é que não tem mais jeito, não importa o que se faça”. A falta de investimentos no transporte público misteriosamente nunca é associada ao caos no trânsito da cidade. Os congestionamentos de São Paulo não têm culpados.
Quando a chuva alaga parte da cidade, em vez de procurar os culpados pela falta de obras que evitariam enchentes e pelo excesso de lixo acumulado (decorrente do corte de 20% no orçamento da limpeza pública), a culpa recai sobre a natureza e às administrações anteriores (excetuando-se a última, inexplicavelmente). A culpa das enchentes é dos outros.
A conclusão que chegamos é que o suposto Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEMo), e seu mentor, o candidato tucano José Serra (que nas horas vagas é Governador de São Paulo), são responsáveis apenas pelo que acontece de bom. Sempre que alguma coisa dá errado, a culpa não é deles...
Se o Prefeito e o Governador não tem absolutamente nenhuma responsabilidade com relação aos maiores problemas da Capital e do Estado, para que eles servem?
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De Cotia-SP.
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