terça-feira, 8 de setembro de 2009

Faltam opções para a Esquerda, então é hora de experimentar o novo

Uma das dificuldades da Esquerda na eleição para o Governo do Estado de São Paulo é a falta de nomes de peso para encabeçar a disputa. Nomes de peso na Política são aqueles bem conhecidos pelo eleitorado. Nomes de peso se tornam de peso após disputar algumas eleições de visibilidade (leia-se: eleições majoritárias). No Estado de São Paulo, existe uma ausência de nomes de peso de esquerda porque sempre os mesmos que concorrem. Veja só:

Para a Prefeitura da Capital
1985 – Eduardo Suplicy
1988 – Luiza Erundina
1992 – Eduardo Suplicy
1996 – Luiza Erundina
2000 – Marta Suplicy e Luiza Erundina
2004 – Marta Suplicy e Luiza Erundina
2008 – Marta Suplicy

Para o Governo do Estado
1982 - Lula
1986 – Eduardo Suplicy
1990 – Plínio de Arruda Sampaio
1994 – Zé Dirceu
1998 – Marta Suplicy
2002 – José Genoíno
2006 – Aloísio Mercadante e Plínio de Arruda Sampaio

Para o Senado
1982 - ?!?
1986 - Hélio Bicudo
1990 – Eduardo Suplicy
1994 – Luiza Erundina
1998 – Eduardo Suplicy
2002 – Aloísio Mercadante e Wagner Gomes
2006 – Eduardo Suplicy
(Por uma questão de metodologia, nesse breve relato histórico incluímos apenas os nomes que AINDA são de esquerda. Também excluímos as candidaturas de esquerda que servem apenas para marcar posição, como as do PSTU e do PCO.)


Resumidamente, a partir dos anos 80 a esquerda de São Paulo lançou apenas nove nomes para as disputas majoritárias. Os mais experimentados, Eduardo Suplicy, Luiza Erundina e Marta Suplicy, foram repetidas vezes candidatos, perdendo algumas e ganhando outras, acumularam certa rejeição.
Zé Dirceu e José Genoíno foram gravemente desgastados no escândalo do Mensalão. Plínio de Arruda Sampaio resolveu virar radical depois de velho e deixou de ser um candidato competitivo após ir para o PSOL. Apesar do bom resultado ao Senado, Wagner Gomes não se elegeu e não repetiu a votação na eleição para vereador em 2004, concluindo-se que tem pouca densidade eleitoral. O Senador Aloísio Mercadante, além da derrota para Governador em 2006 e da confusão dos aloprados, tem sido bombardeado pela mídia oposicionista durante crise do Sarney (que ele nem mesmo apóia...) e deve se candidatar à reeleição no Senado que é menos arriscada do que ao Governo (mas, ainda sim, pode perder).
Ainda resta a opção de concorrer com nomes tirados da cartola, como Ciro Gomes e Antônio Palocci. Mas Ciro prefere concorrer a Presidente e Palocci além do telhado de vidro não é um nome de muito peso entre a maioria do eleitorado. O último nome que restaria é o do próprio Presidente Lula que, obviamente, não será candidato ao Governo de São Paulo.
A conclusão é uma só: chegou a hora da Esquerda paulista lançar novos nomes tentando gerar uma renovação, caso contrário, o maior Estado da Federação continuará nas garras dos tucanos (ou dos DEMos).
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De São Paulo-SP.

Um comentário:

  1. Nada a ver com o tema (ou será que tem?).
    Notou como nenhum jornal associa o corte da verba para limpeza publica com o caos de ontem?
    Mesmo com o nítido acúmulo de lixo nas ruas...

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