Uma das dificuldades da Esquerda na eleição para o Governo do Estado de São Paulo é a falta de nomes de peso para encabeçar a disputa. Nomes de peso na Política são aqueles bem conhecidos pelo eleitorado. Nomes de peso se tornam de peso após disputar algumas eleições de visibilidade (leia-se: eleições majoritárias). No Estado de São Paulo, existe uma ausência de nomes de peso de esquerda porque sempre os mesmos que concorrem. Veja só:
Para a Prefeitura da Capital
1985 – Eduardo Suplicy
1988 – Luiza Erundina
1992 – Eduardo Suplicy
1996 – Luiza Erundina
2000 – Marta Suplicy e Luiza Erundina
2004 – Marta Suplicy e Luiza Erundina
2008 – Marta Suplicy
Para o Governo do Estado
1982 - Lula
1986 – Eduardo Suplicy
1990 – Plínio de Arruda Sampaio
1994 – Zé Dirceu
1998 – Marta Suplicy
2002 – José Genoíno
2006 – Aloísio Mercadante e Plínio de Arruda Sampaio
Para o Senado
1982 - ?!?
1986 - Hélio Bicudo
1990 – Eduardo Suplicy
1994 – Luiza Erundina
1998 – Eduardo Suplicy
2002 – Aloísio Mercadante e Wagner Gomes
2006 – Eduardo Suplicy
Resumidamente, a partir dos anos 80 a esquerda de São Paulo lançou apenas nove nomes para as disputas majoritárias. Os mais experimentados, Eduardo Suplicy, Luiza Erundina e Marta Suplicy, foram repetidas vezes candidatos, perdendo algumas e ganhando outras, acumularam certa rejeição.
Zé Dirceu e José Genoíno foram gravemente desgastados no escândalo do Mensalão. Plínio de Arruda Sampaio resolveu virar radical depois de velho e deixou de ser um candidato competitivo após ir para o PSOL. Apesar do bom resultado ao Senado, Wagner Gomes não se elegeu e não repetiu a votação na eleição para vereador em 2004, concluindo-se que tem pouca densidade eleitoral. O Senador Aloísio Mercadante, além da derrota para Governador em 2006 e da confusão dos aloprados, tem sido bombardeado pela mídia oposicionista durante crise do Sarney (que ele nem mesmo apóia...) e deve se candidatar à reeleição no Senado que é menos arriscada do que ao Governo (mas, ainda sim, pode perder).
Ainda resta a opção de concorrer com nomes tirados da cartola, como Ciro Gomes e Antônio Palocci. Mas Ciro prefere concorrer a Presidente e Palocci além do telhado de vidro não é um nome de muito peso entre a maioria do eleitorado. O último nome que restaria é o do próprio Presidente Lula que, obviamente, não será candidato ao Governo de São Paulo.
A conclusão é uma só: chegou a hora da Esquerda paulista lançar novos nomes tentando gerar uma renovação, caso contrário, o maior Estado da Federação continuará nas garras dos tucanos (ou dos DEMos).
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De São Paulo-SP.
Nada a ver com o tema (ou será que tem?).
ResponderExcluirNotou como nenhum jornal associa o corte da verba para limpeza publica com o caos de ontem?
Mesmo com o nítido acúmulo de lixo nas ruas...