Dentro do mundo das empresas de comunicação existe uma disputa (sim, existem disputas no seio da burguesia!). A disputa é travada entre o setor empresarial da mídia (jornais, rádios e televisões) contra o setor das telefonias. As telefônicas pretendem ingressar no mercado de TV à cabo, contra a vontade da mídia. Essa fissura dentro da burguesia das telecomunicações pode ser uma boa oportunidade de avanço para os setores populares que defendem a democratização do setor. Mas, que ninguém se engane, pois a disputa é apenas temporária e, em breve, a burguesia das telecomunicações estará unida novamente.
Enquanto isso, uma questão muito séria deve ser analisada: a Constituição Federal (em seu artigo 222) exige que 70% do capital votante das empresas jornalísticas ou de rádio-difusão pertençam a Brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos. Mas, como ficaria o caso, por exemplo, da exploração de TV à cabo pela Telefônica, empresa controlada por espanhóis? Ao se permitir a exploração do setor de TV à cabo por empresas de telecomunicações, ninguém se iluda em acreditar que a maior empresa do setor ficará de fora da nova boquinha...
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De Cotia-SP.
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